Banca de DEFESA: JANE JOSEFA DA SILVA CAMILO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JANE JOSEFA DA SILVA CAMILO
DATA : 25/03/2020
HORA: 16:30
LOCAL: Sala de defesas do PPG em Linguística (UNEMAT - Cidade Universitária)
TÍTULO:

QUILOMBOS E TERRAS QUILOMBOLAS DE MATO GROSSO: NOMES DE ESPAÇO E RESISTÊNCIA


PALAVRAS-CHAVES:

Nomeação. Formação Nominal. Quilombos mato-grossenses. Sentidos


PÁGINAS: 130
RESUMO:

Nesta pesquisa, refletimos sobre a questão dos sentidos constitutivos dos espaços de quilombos e terras quilombolas de Mato Grosso nos acontecimentos de nomeação, a partir do construto teórico da Semântica do Acontecimento. As análises são realizadas a partir da materialidade linguística dos nomes atribuídos aos espaços de fugas e refúgio dos escravos e dos remanescentes de quilombos, na atualidade. Analisamos o processo de semantização desses nomes a partir do seu funcionamento e assim, procuramos mostrar de que modo esse movimento semântico constrói sentidos que passam a significar o espaço de quilombo caracterizando-o, como a identidade dos sujeitos nas/das comunidades quilombolas.  Prioritariamente, buscamos mostrar a constituição das comunidades de quilombos que se formaram de modo étnico racial diferenciado, em que negros e índios resistiram e formaram comunidades quilombolas distintas das demais regiões do Brasil. Bem como, procuramos pensar essa rede semântica designativa do acontecimento de nomeação construída nas relações enunciativas do funcionamento do nome. Assim, tratamos a questão do acontecimento de nomeação dos quilombos e das comunidades quilombolas, levando-se em conta essa rede que se apresenta no movimento constitutivo semântico dos nomes e como essas Formações Nominais adquirem pertinência enunciativa. Procuramos tratar das estruturas formais dos nomes, revelamos o modo como uma palavra ou expressão se constitui em um nome (o funcionamento de sua estrutura morfossintática), analisando ainda, o movimento designativo dos nomes (funcionamento semântico enunciativo).  Consideramos o processo de semantização dos nomes entrelaçados em uma rede enunciativa em que os sentidos são constituídos na enunciação compreendida como um acontecimento histórico-social. Dessa forma, demonstramos, a partir dessa reflexão, o funcionamento designativo no acontecimento de nomeação desses espaços de quilombos e comunidades quilombolas, considerando a enunciação que traz um memorável litigioso que procura demarcar os espaços fronteiriços, a contradição do dizer se instalando no conflito político próprio da linguagem, construído nas relações enunciativas entre sujeitos da língua nas práticas sociais. Demonstramos, assim, que o dizer guarda relações com o memorável, em que o funcionamento das nomeações/renomeações carregam em si, todas as histórias que dão existência aos povos quilombolas mato-grossenses, que traz consigo enunciações que passam a significar pelo simbólico, no acontecimento de nomeação, a identidade e a ancestralidade de um território por uma pertinência enunciativa, que estabiliza enquanto nome e fazem parte das histórias que constroem a própria história de significação dos nomes que dão existência à identidade sócio-histórica dos quilombos e das terras quilombolas de Mato Grosso.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 074.143.406-78 - EDUARDO ROBERTO JUNQUEIRA GUIMARÃES - UNEMAT
Externo à Instituição - LUIZ FRANCISCO DIAS - UFMG
Interno - 027.799.861-15 - NEUZA BENEDITA DA SILVA ZATTAR - UNEMAT
Externo à Instituição - ROSIMAR REGINA RODRIGUES DE OLIVEIRA - UEMS
Presidente - 37199002 - TAISIR MAHMUDO KARIM
Notícia cadastrada em: 03/03/2020 08:42
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