Banca de DEFESA: ELIANE CRISTINA DALCICO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIANE CRISTINA DALCICO
DATA : 12/03/2021
HORA: 07:00
LOCAL: defesa remota Google Meet
TÍTULO:

O DISCURSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA E SUA CURRICULARIZAÇÃO NOS CURSOS DE LETRAS

 

PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Políticas públicas de ensino, Formação inicial docente, PPCs, prática de leitura.

 

PÁGINAS: 220
RESUMO:

Esta pesquisa, inscrita na linha de pesquisa Estudos dos Processos Discursivos, do Programa de Pós Graduação em Linguística da UNEMAT, toma  a Análise de Discurso e as História das Ideias Linguísticas-HIL como dispositivo teórico de reflexão e análise a fim de compreender o modo como os discursos sobre a língua portuguesa e seu ensino, especificamente, a leitura, instituída como políticas públicas, significam a língua, a leitura e o sujeito, especialmente quando tomamos a sua curricularização nos cursos de Letras. Ou seja, quais as concepções de leitura e seu ensino estão materializadas nos currículos destes cursos de Letras em análise?  Como corpus tomamos as políticas internacionais e nacionais de leitura e algumas Propostas Pedagógicas de Cursos de Letras-PPCs de algumas universidades estaduais do Brasil, dentre elas: UNEMAT/2013; UEMG/2016; UERN/2018; UNESPAR/2018; UERR/2018. Nesses currículos, tomamos diversas ementas que se constituem o ensino da leitura e da produção de textos a fim de refletirmos sobre as concepções com as qual são tratadas na formação do futuro professor de língua portuguesa. Para tanto, refletimos sobre as Ciências da Linguagem em jogo neste processo a partir da Análise de Discurso a fim de compreender seus efeitos de sentido, uma vez que estão sustentadas pelas ideias logico-formalistas desde a segunda metade do século XX. Pensamos a produção de conhecimento linguístico que, legitimada nestes pilares no interior das universidades, põe o professor de língua portuguesa em determinadas relações com a subjetivação pela forma como a leitura é trabalhada. Por esta razão, tocamos as políticas públicas de leitura de nível nacional e internacional por entender que configuram um modo de compreender como esta é concebida e como é curricularizada nos processos formativos, estabilizando as práticas do seu ensino no Brasil, produzindo sentidos e fazendo significar o os sujeitos professores na graduação e, supostamente, seus futuros alunos na educação básica. A partir de leis, pareceres e resoluções refletimos sobre as condições de produção em que os PPCs se constituem e regulam a formação inicial docente produzindo efeitos na relação do professor com o conhecimento linguístico. Essa relação levou-nos a refletir sobre o modo como o Estado, por meio das políticas públicas de ensino de leitura atrela-se, por exemplo, ao Banco Mundial que sustenta uma determinada concepção e não outra. Nesse sentido, entendemos que o modo como o indivíduo, afetado pela língua do Estado, é interpelado em sujeito pela ideologia, submete-se a um ensino/aprendizagem sustentado por teorias educacionais como, por exemplo, a cognitiva, pautada pela aquisição de competências e habilidades que responsabiliza o sujeito pela relação entre direitos e deveres. Nessa direção, trouxemos algumas questões de interpretação de texto do Enade-Letra a fim estabelecer relações de sentido entre o conhecimento língua/leitura e sua avaliação a fim de compreender o movimento contínuo de processos de identificação a partir do modo como o sujeito é individuado e passa a identificar-se com uma ou outra noção de leitura.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 83195001 - ANA MARIA DI RENZO
Interno - 55846009 - JOELMA APARECIDA BRESSANIN
Externo ao Programa - 83230001 - SANDRA RAQUEL DE ALMEIDA CABRAL HAYASHIDA
Externo à Instituição - CLAUDIA REGINA CASTELLANOS PFEIFFER - UNICAMP
Externo à Instituição - GRECIELY CRISTINA DA COSTA - UNICAMP