Banca de QUALIFICAÇÃO: RENATA KELLI MODESTO FERNANDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RENATA KELLI MODESTO FERNANDES
DATA : 28/06/2022
HORA: 13:00
LOCAL: Sala de aula virtual do PPGEL-UNEMAT
TÍTULO:

A CONFIGURAÇÃO DO DISCURSO DISTÓPICO EM WHAT NOT: A PROPHETIC COMEDY, WE E NINETEEN-EIGHTY FOUR


PALAVRAS-CHAVES:

Distopia. Linguagem. Ideologia. Poder.


PÁGINAS: 151
RESUMO:

A distopia literária, originada a partir de ideais utópicos deturpados, incorpora a imagem representativa dos horrores e medos característicos do seu momento histórico. Nas formulações distópicas do final do século XIX e as do XX, por exemplo, encontramos os aspectos políticos (guerras mundiais) e científicos (eugenia) ambientando o cenário ficcional e estruturando uma crítica às tendências negativas do presente. Ao posicionar as sociedades ficcionais no futuro, as distopiais tendem a despertar, no leitor, o potencial crítico e libertador, capaz de fazê-los compreender variados processos da vida social. A presente tese de doutoramento apresenta uma análise linguístico-discursiva das obras distópicas What not: a prophetic comedy, de Rose Macaulay, We, de Yevgeny Zamyatin e Nineteen Eighty-Four, de George Orwell. As três obras em estudo constituem um corpus importante para pensar a literatura sob a ótica das relações de poder, especialmente para entendermos como a linguagem é empregada na produção de significado e constituição do gênero distópico. O objetivo principal é desvelar os elementos linguísticos que configuram este modelo narrativo à luz da Análise Crítica do Discurso. Para alcançarmos nosso objetivo, recorremos a metodologia analítica proposta por Norman Fairclough (2001) e John Thompson (1985), cujas teorizações buscam verificar a forma como as estruturas sociais estão engendradas no discurso. Ao tratar a literatura como uma instituição social, isto é, como uma prática discursiva, admitimos que ela acomoda um discurso carregado de ideologias e relações de poder que são sustentadas por meio de estratégias de linguagem e composição discursiva específicas. Portanto, conceituações formuladas por Carlos Berriel (2005); Gregory Claeys (2010; 2013; 2017) e Lyman Sargent (2005; 2010) acerca do gênero distópico são fundamentais para a compreensão deste arquétipo literário. Para além disso, teóricos como Mikhail Bakhtin (1993; 2009); Roland Barthes (2004) e Dominique Maingueneau (1996) fundamentam e instruem a interface entre literatura e discurso. O resultado preliminar aponta para a predominância da racionalização e a universalização como uso de construção simbólica na estruturação do discurso distópico, cujo objetivo central é manter a ordem e o controle.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 82353001 - HELVIO GOMES DE MORAES JUNIOR
Interno - 131915001 - ALEXANDRE MARIOTTO BOTTON
Externo à Instituição - MARIA CARMEN AIRES GOMES - UnB
Notícia cadastrada em: 09/06/2022 14:03
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