Banca de QUALIFICAÇÃO: Maria Aparecida Ramos Barros

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Maria Aparecida Ramos Barros
DATA : 27/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/xcb-ttem-bqt
TÍTULO:

INTERFERÊNCIA DA OCUPAÇÃO E USO DA TERRA NA DEGRADAÇÃO DAS NASCENTES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BRANCO-MT

PALAVRAS-CHAVES:

Nascentes; Ocupação; Impactos ambientais.

PÁGINAS: 91
RESUMO:

Tendo em vista a crescente ocupação das nascentes na bacia hidrográfica do rio Branco, localizado na região sudoeste do Estado de Mato Grosso, e o risco de a sua degradação comprometer a disponibilidade de recursos hídricos, esta pesquisa objetivou avaliar o estado atual da degradação em nascentes de corpos d'água da bacia hidrográfica do rio Branco, para subsidiar a sua proteção ou recuperação através do planejamento ambiental. Os procedimentos metodológicos utilizados incluíram: pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico-conceitual; e trabalhos de campo para: identificar os fatores que interferem na disponibilidade hídrica da bacia; inventariar e avaliar os impactos ambientais nas nascentes selecionadas; e identificar a percepção socioambiental dos produtores rurais sobre o uso e manejo das nascentes. Os resultados evidenciam que o padrão do relevo e os tipos de rochas predominantes, favorecem a infiltração e o armazenamento subterrâneo da água que alimenta às nascentes, pois são superfícies de aplainamento geralmente pouco onduladas, com rochas sedimentares metamorfizadas e intensamente fraturadas, que formam aquíferos Porosos. Entretanto, nas serras, a água fica armazenada somente nas fraturas e fendas das rochas ígneas e metamórficas que as constituem. O volume médio anual de chuvas favorece a recarga dos aquíferos, porém, a sua intensidade e concentração sazonal reduzem o tempo de recarga; além disso, a densa rede hídrica facilita o escoamento superficial da água pluvial, e o desmatamento associado à intensa ocupação antrópica das últimas décadas, compromete a infiltração da água que recarga os aquíferos. Essa ocupação atingiu as nascentes, provocando uma notável degradação, expressada na avaliação ambiental realizada, a qual mostrou que 87,5% das nascentes estudadas se enquadram nas classes Ruim ou Péssima, sendo que as restantes entram na classe Razoável, e nenhuma nas classes Ótima, ou Boa. As respostas ao questionário aplicado aos proprietários das nascentes estudadas mostraram a falta de fiscalização e de capacitação; isto último se reflete nas práticas de manejo implementadas por eles nas suas propriedades, mesmo reconhecendo a importância da preservação das nascentes para manter o abastecimento de água.  

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 113239002 - JOAQUIM CORREA RIBEIRO
Externo à Instituição - JOSIEL DORRIGUETTE DE OLIVEIRA - Dep. Fran