Banca de QUALIFICAÇÃO: ROSEMEIRE IGREJA GALVÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROSEMEIRE IGREJA GALVÃO
DATA : 04/04/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Web conferência
TÍTULO:

Língua, Sujeito e Estado: gestos de interpretação dos discursos sobre os Itinerários Formativos na/da Base Nacional Comum Curricular


PALAVRAS-CHAVES:

Flexibilização; Itinerários Formativos; Políticas Educacionais.


PÁGINAS: 95
RESUMO:

 Este trabalho, inscrito na linha de pesquisa Estudos dos Processos Discursivos, do Programa de Pós Graduação em Linguística da UNEMAT, tem como objetivo analisar – a partir da teoria da Análise de Discurso de linha materialista, fundada por Pêcheux, na França e, posteriormente, desenvolvida por Eni Orlandi e outros linguistas, no Brasil – o discurso sobre os Itinerários Formativos dispostos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e Documento de Referência Curricular para Mato Grosso (DRC/MT). Com isso, objetivamos compreender como os discursos sobre a flexibilização no/do Ensino Médio se constituem a partir da proposta dos Itinerários Formativos, quais efeitos de sentido produzem e em que medida os diferentes atores sociais se apropriam deles em suas práticas, pensando a relação entre um imaginário de educação pública de qualidade com as implicações sociais, históricas e ideológicas dessa inovação educacional brasileira, sobretudo, no estado de Mato Grosso. Buscamos, assim, compreender os sentidos da flexibilização, que comparecem nos documentos, questionando pelos gestos de interpretação, os sentidos da leitura que se depreendem da materialidade simbólica que diz sobre a política pública educacional e os seus modos de significação. No decorrer da pesquisa, apresentamos a Lei nº 13.415/2017, de 13 de fevereiro de 2017, que institui as novas diretrizes do Ensino Médio no país, suas condições de produção, observando nas políticas públicas educacionais como se materializam os dizeres que propõem os Itinerários Formativos e analisamos como as relações sociais, políticas, econômicas e educacionais se mostram e são reproduzidas no/pelo discurso que flexibiliza a etapa do Ensino Médio. Observamos no/pelo funcionamento da linguagem que há uma repetição de já ditos, que irrompe nessa Lei, produzindo efeitos de evidência. Em todo o documento, essas mudanças buscam ampliar as oportunidades de inserção profissional dos jovens, mas também podem ser interpretadas como uma forma de adequar a educação ao modelo econômico neoliberal. E, por fim, analisamos seis recortes que compõem o corpus de análise deste trabalho, extraídos das habilidades específicas dos Itinerários Formativos, a partir dos quais procuramos trabalhar as equivocidades e contradições de uma política de estado educacional brasileira que estabelece lugares e sentidos nas habilidades gerais, que compõem o Ensino Médio, dentro de uma formação ideológica neoliberal, na evidência da necessidade da formação significada enquanto capacitação para o trabalho.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 55846009 - JOELMA APARECIDA BRESSANIN
Externo à Instituição - ANDRÉA RODRIGUES - UERJ
Notícia cadastrada em: 22/03/2024 19:54
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