Banca de DEFESA: JULIANA FRANK DE SOUZA GIOCONDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA FRANK DE SOUZA GIOCONDO
DATA : 27/03/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de Vídeoconferência, Campus 1
TÍTULO:

LACUNAS NO RESGATE DE ABELHAS SEM FERRÃO (HYMENOPTERA; MELIPONINI) EM EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS AMAZÔNICOS


PALAVRAS-CHAVES:

abelhas sem ferrão, hidrelétricas, inventário, meliponídeos, resgate científico


PÁGINAS: 43
RESUMO:

 

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As abelhas sem ferrão (ASF) (Hymenoptera: Meliponini) são insetos pertencentes à ordem Hymenoptera, maior grupo taxonômico dos insetos que compreende as abelhas, vespas e formigas. São importantes polinizadores das angiospermas em ecossistemas naturais e agrícolas, sendo cruciais para a produção de alimentos. As populações destas abelhas têm sido duramente afetadas, devido a vários motivos, entre eles a construção de usinas para geração de energia hidrelétrica. Os processos de construção de empreendimentos hidrelétricos requerem modificação da paisagem e causam danos ambientais significativos, pois provocam inundações em grandes áreas florestais, fragmentando e reduzindo habitat, impedindo o fluxo gênico, interrompem o curso natural dos rios, destroem a fauna e a flora local e interferem com a intensa ocupação humana; dentre outros impactos. Muitas dessas espécies de abelhas ainda não foram identificadas ou catalogadas sendo desconhecidas pela comunidade científica. Assim, este trabalho teve como objetivos: realizar o levantamento da diversidade de espécies de ASF que ocorrem na região norte de Mato Grosso no sul da Amazônia brasileira; identificar as taxas de sucesso de resgate de meliponídeos durante a fase de supressão vegetal nos empreendimentos hidrelétricos UHE Teles Pires e UHE Colíder; dentre outros. Em relação aos resultados, o número de ninhos resgatados apresentou grande variação, a área suprimida de vegetação da UHE Teles Pires foi de 152 km2 e foram encontrados 164 ninhos, e na UHE Colíder foi de 143,5 km2, nos quais foram resgatados 2683 ninhos. Entretanto, a quantidade de espécies foi próxima nas duas áreas, sugerindo diferenças na eficiência de coleta das equipes de resgate, pois os valores de abundância de ninhos são discrepantes comparando ambas as áreas. Com isso, fica evidente que existem lacunas na execução do planejamento, salvamento, e resgate científico de meliponídeos nos empreendimentos hidrelétricos em questão, onde a abertura de novas áreas provoca impactos diretos na conservação e preservação de diversos grupos de fauna, sendo de competência de órgãos ambientais como IBAMA, a liberação de licenças e fiscalização das obras. Além disso, a identificação das espécies de abelhas gerou inventários faunísticos onde as informações podem subsidiar o planejamento de futuros empreendimentos que façam uso alternativo do solo que é de extrema importância para conhecimento da biodiversidade, além possibilitar na confecção de novas metodologias de resgate e salvamento de meliponídeos.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 131948001 - MENDELSON GUERREIRO DE LIMA
Interno - 265126001 - CARLOS ANTONIO DA SILVA JUNIOR
Externo à Instituição - LEANDRO DÊNIS BATTIROLA - UFMT
Notícia cadastrada em: 19/03/2024 10:06
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