Banca de DEFESA: ELIZA VITORIA MARINHO VIANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIZA VITORIA MARINHO VIANA
DATA : 29/04/2022
HORA: 07:30
LOCAL: SALA DE AULA DO PPGASP
TÍTULO:

RISCO AMBIENTAL DOS INSETICIDAS UTILIZADOS EM SISTEMAS AGRÍCOLAS NO MATO GROSSO E O USO DE FEROMÔNIO COMO ESTRATÉGIA SUSTENTÁVEL PARA O MANEJO DE LEPIDÓPTEROS-PRAGA



PALAVRAS-CHAVES:

Ecotoxicologia, Pesticidas, Triagem, Semioquímicos, Manejo Integrado de pragas.


PÁGINAS: 101
RESUMO:

As grandes extensões de áreas cultivadas no Brasil geram, frequentemente, problemas fitossanitários, que têm aumentado o uso de pesticidas. Consequentemente, existe uma preocupação em relação ao potencial de contaminação que esses compostos podem causar no ambiente, e a proposta do Índice de Risco Ambiental (IRA) serve como ferramenta de gestão dos impactos ambientais dos pesticidas. Além disso, a busca por táticas mais eficazes de manejo, como o uso de feromônios, tem sido uma tecnologia promissora que visa diminuir os efeitos deletérios dos inseticidas no agroecossistema. Diante dessas possibilidades, os objetivos deste trabalho foram: (i) realizar um IRA baseado nos principais inseticidas utilizados no controle de lepidópteros-praga no estado de Mato Grosso; (ii) avaliar à campo formulações experimentais do feromônio sexual de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), uma das principais pragas agrícolas do país. Os dados do montante de inseticidas consumidos, foram coletados junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) e as suas características físico-químicas foram obtidas do Pesticide Properties Database (PPDB) da Universidade de Hertfordshire e do Pesticide Properties Database (PPD) do Departamento de Agricultura dos EUA. Os parâmetros utilizados do IRA foram: persistência no solo, lixiviação, volatilidade, perfil toxicológico e dose recomendada. Em relação à avaliação do feromônio, realizaram-se testes em campo, nas culturas da soja, milho e algodão, durante a safra 2020/21. Foram avaliados 5 tratamentos, sendo duas formulações experimentais (F1 e F2), uma formulação comercial (FC), fêmeas virgens, como controle positivo (CP) e hexano, como controle negativo (CN). Os principais inseticidas utilizados para o controle de leidopteros-praga no Mato Grosso somaram um montante de 20.249.521,90 kg de ingredientes ativos (i.a.), cujos os principais foram ordenados de forma descrescente de risco ambiental: malationa> metoxifenozida> clorantraniliprole> flubendiamida≥ beta-ciflutrina> lufenurom≥ metomil≥ bifentrina> lambda-cialotrina≥ alfa-cipermetrina≥ ciantraniliprole≥ permetrina≥ clorfenapir≥ clorpirifós≥ profenofós≥ tiodicarbe> indoxacarbe≥ zeta-cipermetrina≥ cipermetrina≥ diflubenzurom≥ teflubenzurom≥ espinetoram> triflumurom≥ acefato. Esse último inseticida, apesar de medianamente tóxico para a vida animal, apresentou o menor IRA devido à baixa persistência, lixiviação e volatilidade. De modo geral, todas as substâncias apresentaram níveis de toxicidade de médio a muito alto, sendo um fator preocupante, caso elas atinjam populações não-alvo, como abelhas, peixes e aves. Quanto às avaliações do feromônio, as médias de captura na cultura da soja de F1 (26,86), F2 (19,14) e CP (30,6) não diferiram entre si, mas diferiram da FC (41,66) e do CN (0,66) (p<0,5). Na cultura do milho não houve diferença estatística entre as médias coletadas na F1 (28,90), F2 (28,55), CP (30,75) e FC (25,05) (p>0,5). Em contrapartida, no algodão a F1 (6,95) e F2 (6,89) não diferiram entre si, mas diferiram do CP (19,60), FC (16,27) e CN (0,22) (p<0,5). Diante dos resultados apresentados, espera-se que o IRA contribua no gerenciamento de riscos e tomada de decisões que causem menor impacto ambiental. Juntamente com essa ferramenta, as formulações experimentais apresentam potencial para serem usadas no monitoramento da S. frugiperda, com destaque nas culturas de soja e milho, pois podem indicar o momento mais oportuno para entrada com medidas de controle, visando a otimizar a efetividade de manejo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 101366004 - MONICA JOSENE BARBOSA PEREIRA
Interno - 136121002 - ALESSANDRA REGINA BUTNARIU
Interno - 221918004 - MIRIAM HIROKO INOUE
Externo à Instituição - HENRIQUE FONSECA GOULART - UFAL
Notícia cadastrada em: 19/04/2022 09:57
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