Banca de DEFESA: LAURA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LAURA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
DATA : 05/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: PPG Ecologia e Conservação - videoconferência
TÍTULO:

Evolução das áreas de distribuição e do nicho climático em Amphisbaena (Squamata, Amphisbaenia).


PALAVRAS-CHAVES:

Macroecologia, Modelagem de Nicho, PASTIS, Reptilia.


PÁGINAS: 83
RESUMO:

O clima é um dos principais limitantes dos padrões de distribuição das espécies e, juntamente com as particularidades das histórias de vida de cada espécie, irá determinar também o tamanho de suas áreas de distribuição. Ainda, os nichos climáticos utilizados pelas espécies evoluem ao longo do espaço e do tempo, e podem claramente influenciar os padrões de diversificação das linhagens. Assim como espécies filogeneticamente próximas tendem a apresentar maiores semelhanças comportamentais, ecológicas e morfológicas, existe uma tendência das espécies de manterem um nicho climático similar àquele utilizado pelos seus ancestrais. Neste projeto, nós investigamos os padrões associados à evolução dos nichos climáticos e dos tamanhos das áreas de distribuição (range size) em espécies do gênero Amphisbaena (Squamata: Amphisbaenia) sob uma perspectiva filogeneticamente informada, e levando em consideração seus tamanhos corporais. As anfisbênias são organismos altamente adaptados à hábitos fossoriais, o que possui claras implicações sobre sua fisiologia térmica, pois implica em restrições dos ambientes subterrâneos para sua termorregulação. Desta maneira, e considerando que são animais ectotérmicos, seus padrões de atividade serão altamente influenciados por fatores abióticos, especificamente pelas variações de temperatura e umidade. Sendo assim, o hábito fossorial pode ser um dos principais determinantes que levaram às diferenciações de nichos climáticos dentro do grupo, uma vez que a fossorialidade está diretamente relacionada a suas características morfológicas e estratégias de locomoção. Desta forma, nós investigamos as correlações entre as variáveis ecológicas da amplitude do nicho climático e do tamanho da área de distribuição com características morfológicas determinantes da probabilidade de dispersão das espécies (comprimento rostro-cloacal e diâmetro do corpo). As análises foram realizadas utilizando todas as 107 espécies atualmente reconhecidas para o gênero Amphisbaena, e controlando para a proximidade filogenética das espécies. Considerando as restrições energéticas relacionadas ao tamanho do corpo, nossa hipótese é que espécies de tamanho corporal pequeno tenderão a possuir demandas fisiológicas mais especializadas e, portanto, áreas de distribuição geográfica mais restritas e nichos climáticos de menor amplitude. Para tanto, nós compilamos da literatura científica dados de distribuição e tamanho corporal de Amphisbaena, e utilizamos dados genéticos e um método de imputação filogenética para gerar hipóteses filogenéticas incluindo aquelas espécies que não possuíam dados genéticos disponíveis no GenBank. Nossos resultados indicam que espécies de maior tamanho corporal tendem a realmente apresentar maiores áreas de distribuição, e que este padrão não possui autocorrelação filogenética. Tais descobertas representam um importante avanço no arcabouço teórico acerca das interpretações ecológicas e biogeográficas dos padrões evolutivos deste grupo de organismos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 005.506.021-86 - FABRÍCIUS MAIA CHAVES BICALHO DOMINGOS - NENHUMA
Interno - 014.459.411-04 - ALESSANDRO RIBEIRO DE MORAIS - UFG
Externo à Instituição - LEVI CARINA TERRIBILE - UFJ
Notícia cadastrada em: 16/07/2021 16:52
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