Banca de DEFESA: ÉRICA GONÇALVES LEANDRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ÉRICA GONÇALVES LEANDRO
DATA : 24/08/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Cáceres
TÍTULO:

A FORMAÇÃO DO SUJEITO-AUTOR: UMA ABORDAGEM DA ARGUMENTAÇÃO NA PERPESCTIVA DISCURSIVA


PALAVRAS-CHAVES:

Sujeito-autor. Leitura. Escrita. Argumentação. Processo discursivo


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada no âmbito do Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS, ofertado pela Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT, campus de Cáceres- MT.  A pesquisa teve como objetivo desenvolver uma intervenção pedagógica, a fim de estimular a leitura e produção de textos argumentativos orais e escritos dos alunos do 9° ano do Ensino Fundamental II da escola estadual João de Campos Borges, localizada no município de Barra do Bugres, estado de Mato Grosso. Para isso, inscrevemo-nos na base teórica da Análise do Discurso, considerando a determinação histórica dos processos de significação, nos respaldando nos autores ORLANDI (2020), DIAS (2014), PFEIFFER (2016), PÊCHEUX (1995), dentre outros. Para o desenvolvimento desse trabalho, consideramos a importância de deslocar os alunos da posição de meros decodificadores de informação para sujeitos capazes de construir suas significações e posicionar-se na função de autor de sentidos. Desse modo, proporcionamos aos discentes o contato com diferentes temas, abordando diversas textualidades para que eles pudessem argumentar na oralidade e escrita, assumir uma posição sobre os assuntos, não apenas enquanto aluno, mas também como cidadão leitor e conhecedor de sua realidade. Além disso, proporcionamos condições, ou seja, um espaço discursivo em que os sujeitos-alunos pudessem formular na escrita os sentidos produzidos na temática com a qual escolheram trabalhar, as quais foram as seguintes: sobre o racismo, sobre homofobia, sobre violência doméstica, sobre xenofobia, sobre a legalização do aborto. Os alunos mobilizaram sentidos que demonstraram suas posições sobre as temáticas argumentando; para isso recorreram ao seu arquivo de leitura dentro de suas condições de produção. Observamos nos textos de nossos alunos o funcionamento do mecanismo de antecipação onde nos espera nosso interlocutor (Orlandi, 2020, p. 37) e formações imaginárias que é a posição que os interlocutores ocupam socialmente e projetam-se, no discurso, pelas imagens que um faz do outro, e se inscrevem nas formações discursivas na argumentação. Essas noções determinaram os caminhos da argumentação, fazendo com que parte dos discentes argumentassem pensando no que a professora esperava dele, buscando, nos textos lidos, sustentação para suas formulações; outros deslizaram para a produção de sentidos com um interlocutor mais abrangente, mostrando sua busca de uma maior compreensão do que leram para formular sua opinião. Ao final das atividades, os discentes compreenderam que argumentar é assumir uma posição sobre um dado assunto e que faz parte do processo discursivo a atividade de substituição, paráfrases, sinonímias e reescrita para se chegar a uma unidade textual. Todavia, nossa pesquisa mostrou como o imediatismo, esse tempo acelerado em que vivemos, reflete diretamente na prática dos adolescentes, os quais têm extrema dificuldade em retomar uma atividade já trabalhada. Por isso, precisamos sempre repensar nossas práticas, a fim de criarmos espaços politicamente significados, condições de produção diferenciadas.

 



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 722.675.428-20 - ENI DE LOURDES PUCCINELLI ORLANDI - UNEMAT
Interno - 640.333.419-00 - ANA MARIA DI RENZO - UNEMAT
Externo à Instituição - CLAUDIA REGINA CASTELLANOS PFEIFFER - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 01/08/2023 15:09
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