Banca de QUALIFICAÇÃO: POLYANA SAMPAIO DA SILVA SCRIMIM

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : POLYANA SAMPAIO DA SILVA SCRIMIM
DATA : 28/10/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Campus de Tangará da Serra
TÍTULO:

Delírios do lar: relações de poder e construção da memória nos folhetins de Nelson Rodrigues 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Memória. Romance de folhetim. Nelson Rodrigues.  


PÁGINAS: 90
RESUMO:

As produções de Nelson Rodrigues tiveram diversos formatos, das notícias sensacionalistas até as crônicas de tom mais objetivo, porém foi na dramaturgia que o autor fez seu palco principal. Com a peça teatral Vestido de noiva (1943), encenada pela primeira vez em 1943, ele surge, rodeado de controvérsias, no cenário literário. Escritor moldado nas redações dos jornais, lançou-se em todos os cenários sociais e midiáticos brasileiros. A família é seu tema maior, a família e todos os ritos sacramentais que insistem em equilibrar-se em uma base já bastante frágilse apresentando dia a dia inadequados aos indivíduos que a integram, seres incapazes de sustentar a aparência apresentada fora do ambiente muitas vezes impenetrável do lar. Nos romances de folhetim, escritos a partir de 1944, podemos explorar com maior atenção esse núcleo familiar e suas particularidades. Neste gênero, em sua maioria, as produções foram assinadas com pseudônimos. Suzana Flag Myrna surgiram como a roupagem utilizada por Nelson par que este se permitisse experimentar, atrever-se e criar as mais extravagantes personagens que contrastavam de modo absurdo com a candura do cenário doméstico. A discussão acerca dos conflitos familiares, estabelecidos logicamente pelas relações de poder, tem como centro nas produções rodrigueanas as questões amorosas. Em Nelson o mal não vem de fora para aniquilar a ordem familiar e seu centro virtuoso de resistência, a corrupção está nela própria, é para estas ideias que os textos apontam. A investigação a respeito das obras folhetinescas de Nelson Rodrigues, mais precisamente as assinadas sob pseudônimo de Suzana Flag, é o objetivo geral dessa pesquisa, considerando o contexto histórico das produções que expõem traços de ironia e melancolia expressos pela contemplação da vida privada, sobrepostas ao estatuto público e histórico. Abordando a questão de valores voltados aos indivíduos que compõem o núcleo familiar, buscaremos responder a questão: como as relações de poder incidem na concepção de memória registrada pelos romances de folhetim de Nelson Rodrigues? Foram selecionados quatro romances, precisamente os assinados como Suzana Flag: Meu destino é pecar (1944), Escravas do amor (1946), O homem proibido (1981) e Núpcias de Fogo (1948). Utilizaremos conceitos vinculados a definição de memória de Maurice Halbwachs (1990) e Paul Ricouer (2007), trazendo à tona as imagens constituídas e como estas determinam as regras criadas para a vida em sociedade. Sobre a ideia de poder nos pautaremos na definição de Michael Foucault (1979) que estabelece uma rede de envolvimento individual que dá corpo e movimento a este conceito, bem como as implicações dele. Roalnd Barthes (2013), Pierre Bourdieu (2020), assim como uma valiosa fortuna crítica que subsidiou os estudos acerca de toda produção literária, tais como Sábato Magaldi (1994), Alfredo Bosi (2015)Anatol Rosenfeld (2009), Antônio Candido (2014) entre outros estudiosos


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 46475020 - AGNALDO RODRIGUES DA SILVA
Interno - 82321001 - ISAAC NEWTON ALMEIDA RAMOS
Externo ao Programa - 82304001 - JESUINO ARVELINO PINTO
Notícia cadastrada em: 18/10/2021 12:04
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