Banca de DEFESA: TAYNÁ BARBOZA FERRARI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TAYNÁ BARBOZA FERRARI
DATA : 22/05/2020
HORA: 14:00
LOCAL: PPG Ecologia e Conservação - videoconferência
TÍTULO:

Determinantes da diversidade genética de lagartos no Cerrado brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

Aprendizado de máquina, biogeografia, INLA, análise Bayesiana hierárquica Squamata.


PÁGINAS: 40
RESUMO:

Padrões geográficos de diversidade genética possuem o potencial de fornecer uma melhor compreensão sobre a trajetória demográfica das populações e os processos evolutivos que moldaram a biodiversidade em sistemas biogeográficos complexos. Na região Neotropical, devido à sua complexa história geológica e climática recente, elucidar tais mecanismos é essencial para desenvolver um cenário mais completo da evolução de sua alta biodiversidade. Neste trabalho, nós testamos a influência de preditores históricos, ecológicos e ambientais na determinação da diversidade genética de lagartos no Cerrado brasileiro. Para tanto, comparamos populações que diferiam em relação à altitude, distância do centro e da periferia do bioma, e aos níveis de estabilidade da distribuição da vegetação ao longo do tempo. Ainda, utilizamos também os tamanhos corporais dos lagartos como uma maneira de incorporar diferenças nos potenciais de dispersão das espécies. Hipotetizamos que populações em maiores altitudes, próximas ao centro do Cerrado, com maiores tamanhos corporais e em áreas de maior estabilidade vegetacional irão apresentar maior diversidade genética. Compilamos sequências de DNA mitocondrial de trabalhos previamente publicados sobre 34 espécies de lagartos coletadas dentro dos limites do Cerrado brasileiro. Definimos as unidades amostrais através da localização geográfica das espécies e de uma implementação bayesiana do modelo geral misto coalescente de Yule (bGMYC), método que investiga o limite das espécies e estima potenciais grupos que estão evoluindo separadamente. Posteriormente, calculamos a diversidade nucleotídica, métrica utilizada para medir a diversidade genética de cada unidade amostral, e as denominamos “populações”. Utilizamos as variáveis altitude, distância para o centro do Cerrado, distância para as margens do Cerrado, comprimento rostro-cloacal e o número de vezes em que mudanças climáticas alteraram a paisagem do Cerrado em termos vegetacionais como preditoras da diversidade genética em uma análise multivariada de aprendizado de máquina usando Random Forests. Logo após, empregamos duas poderosas ferramentas de modelagem (SPDE – Stochastic Partial Differential Equations, e INLA – Integrated Nested Laplace Approximation) para criar modelos espaciais hierárquicos que permitiram a estimativa da diversidade genética para regiões não amostradas. Nossos resultados indicam que populações em maiores e menores altitude apresentaram maior diversidade genética quando comparadas com populações em altitudes intermediárias. Além disso, populações mais distantes da periferia do Cerrado e com menores tamanhos corpóreos exibiram maior diversidade genética. Por fim, estabilidade vegetacional foi a variável que menos explicou os valores de diversidade genética. Desse modo, os determinantes ambientais e as características ecológicas das espécies explicaram melhor a diversidade genética de lagartos no Cerrado brasileiro do que estabilidade histórica.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 005.506.021-86 - FABRÍCIUS MAIA CHAVES BICALHO DOMINGOS - NENHUMA
Interno - 132029001 - EDDIE LENZA DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - ROSANE GARCIA COLLEVATTI - UFG
Notícia cadastrada em: 26/04/2020 09:53
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