Banca de DEFESA: GERLANE DE MEDEIROS COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GERLANE DE MEDEIROS COSTA
DATA : 05/05/2022
HORA: 09:00
LOCAL: ENSINO REMOTO EMERGENCIAL
TÍTULO:

CONCENTRAÇÃO DE THg EM ÓRGÃOS DE Megaceryle torquata E Chloroceryle  
amazona NOS RIOS JURUENA, TELES PIRES E PARAGUAI NO ESTADO DE  
MATO GROSSO


PALAVRAS-CHAVES:

Aves aquáticas; Metais pesados; Contaminação; Penas; Ranfoteca


PÁGINAS: 101
RESUMO:

O uso indiscriminado e o aumento na liberação de mercúrio (Hg) para o ambiente tornou este  
metal um problema global, estando entre as três principais substâncias que representam perigo  
para a saúde do ambiente. De origem natural e antropogênica o Hg possui várias formas físicas  
e químicas que facilitam sua distribuição, enriquecimento biológico e toxicidade. A crescente  
expansão agrícola, com desmatamentos e queimadas, coloca em risco a integridade do solo e  
promove a liberação e reemissão do Hg para a atmosfera com sequente deposição em solos e  
corpos de água, onde pode sofrer metilação e adiquirir sua forma orgânica, o metilmercúrio  
(MeHg). Com potencial de bioacumular e biomagnificar na cadeia trófica, o MeHg chega às  
aves aquáticas, predadores de topo da cadeia alimentar aquática. Pesquisas em todo o mundo  
vêm utilizando esta guilda de aves para estudar a dinâmica e os efeitos deste metal na saúde  
ambiental. Com a hipótese de que a ranfoteca pode demonstrar níveis de concentração de THg  
(Mercúrio Total) acumulado por períodos mais longos de tempo que os órgãos usualmente  
utilizados, comparamos suas concentrações com as concentrações de Hg em penas de uma  
espécie de gaivota europeia (Larus michahellis) e com penas, garras, músculo e fígado de duas  
espécies de aves neotropicais (Megaceryle torquata e Chloroceryle amazona). Com o objetivo  
de compreender a dinâmica do THg frente às mudanças no uso e ocupação do solo, analisamos  
as concentrações de THg nos órgãos de duas espécies de martim-pescador, Megaceryle  
torquata e Chloroceryle amazona, nos rios Juruena, Teles Pires e Paraguai, com leitura nas  
mudanças que ocorreram na paisagem dos últimos 20 anos. Os resultados obtidos mostraram  
que a ranfoteca é uma eficiente ferramenta para a análise da contaminação ambiental por Hg  
em aves aquáticas. As concentrações de THg nos órgãos de M. torquata, em ordem decrescente,  
foram, ranfoteca (3,00 µg/g) > penas (2,95 µg/g) > garras (2,22 µg/g) > fígado (1,21 µg/g) >  
músculo (0,70 µg/g) e para C. amazona, penas (2,27µg/g) > ranfoteca (1,92 µg/g) > garras (1,42  
µg/g) > fígado (0,47 µg/g) > músculo (0,46 µg/g). A espécie que melhor expressou as  
concentrações do metal foi a C. amazona. A área do Pantanal apresentou os menores níveis de  
THg no solo e comportamento de distribuição inverso aos solos das áreas Amazônicas, onde, o  
rio Teles Pires com maior taxa de desmatamento expressou os maiores níveis de THg no solo e  
na água e os menores no sedimento. Não houve correlação forte entre os níveis de THg dos  
órgãos das aves e as variáveis abióticas (solo, sedimento e água), o que sugere que os níveis de  
Hg que estarão biodisponíveis para a cadeia trófica estão relacionados a fatores físico-químicos  
do ambiente.  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 71440008 - MANOEL DOS SANTOS FILHO
Interno - 80970002 - DIONEI JOSE DA SILVA
Interno - 65536013 - CLAUMIR CESAR MUNIZ
Interno - 110049004 - MARIA APARECIDA PEREIRA PIERANGELI
Interno - 001.165.931-99 - WILKINSON LOPES LAZARO - UFRJ
Externo à Instituição - JEAN REMY DAVEE GUIMARÃES - UFRJ
Externo à Instituição - WANDERLEY RODRIGUES BASTOS -
Notícia cadastrada em: 05/04/2022 17:24
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