Banca de DEFESA: PAIMU MUAPEP TRUMAI TXUCARRAMAE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAIMU MUAPEP TRUMAI TXUCARRAMAE
DATA : 29/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Via plataforma MEET
TÍTULO:

REVISÃO DA FONOLOGIA DA LÍNGUA MẼBÊNGÔKRE (JÊ) FALADA PELO POVO MẼTYKTIRE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA ESCRITA


PALAVRAS-CHAVES:

Povo Mẽbêngôkre, Fonologia, Ensino, Escrita.


PÁGINAS: 65
RESUMO:

Esta dissertação trata da revisão da fonologia da língua Mẽbêngôkre falada pelo povo Mẽtyktire, conhecido como Kayapó, cujo território está localizado no município de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso. O trabalho partiu da observação e análise da grafia percebida na escrita dos alunos dos anos iniciais da escola Rojkore na aldeia Kapôt, TI Capoto-Jarina. Assim, por mais que esses registros sobre a língua e a cultura Mẽbêngôkre tenham seu valor histórico, a atualização se faz necessária para que sejam difundidos dentro e fora de nossas comunidades indígenas como parte estratégica de resistência do povo Mẽtyktire para a manutenção e vitalidade de sua língua e cultura. A escolha para trabalhar esse tema se deu de fato pela falta de consenso quanto ao uso da grafia padronizada entre as variedades da língua Mẽbêngôkre para a prática pedagógica do ensino na escola e, até mesmo, dentro de uma mesma comunidade. A revisão da fonologia da língua Mẽbêngôkre  é importante, principalmente, para os professores alfabetizadores que são os responsáveis pelo ensino da escrita para as crianças. Conscientes de como os fonemas da língua funcionam, eles poderão ter mais segurança na resolução de possíveis dúvidas em relação à forma de escrever certas palavras, contribuindo, assim, para a ampliação das práticas de letramento próprias da cultura Mẽbêngôkre.  Para a análise fonológica segmental da língua, nos fundamentamos nos princípios da Fonêmica proposta por Pike (1971), estabelecemos as relações de contraste/oposição distintiva, pares mínimos e análogos, variação livre e condicionada, na identificação de fonemas e alofones. Também dialogamos com Mickey Stout e Ruth Thomson (1974), um dos primeiros trabalhos sobre a fonêmica txukahamẽi, e ainda com Salanova ( 2001 ) que escreveu sobre nasalidade e vozeamento na fonologia Mẽbêngôkre. Em relação ao aspecto pedagógico da pesquisa, por se tratar de um mestrado profissional, voltado para o ensino, nos reportamos às orientações do Referencial Curricular Nacional para as escolas indígenas (RCNEI) Brasil (1998), Franco (2016), entre outros autores que tratam sobre o ensino de língua materna na escola, considerando que essa revisão fonológica contribuirá para a alfabetização em escolas do nosso povo Mẽbêngôkre. Vale destacar que a ação pedagógica se desenvolveu por meio de uma oficina de estudo e discussão sobre a fonologia e escrita da língua, com alunos do ensino médio e professores, que resultou num  produto pedagógico/educacional. Foram produzidas diversas palavras de diferentes aspectos semânticos, com a descrição segmental das vogais e consoantes na língua materna Mẽbêngôkre. Esse material auxiliará, sobretudo, os professores no processo de alfabetização de crianças Mẽtyktire, assim como no ensino de língua materna para alunos dos anos finais (Fundamental II) e ensino médio das escolas Mẽtyktire.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 75013007 - MONICA CIDELE DA CRUZ
Interno - 25648011 - WALDINEIA ANTUNES DE ALCANTARA FERREIRA
Externo ao Programa - 83247001 - WELLINGTON PEDROSA QUINTINO
Externo à Instituição - MAXWELL GOMES MIRANDA - UFMT
Notícia cadastrada em: 18/05/2023 13:58
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