Banca de DEFESA: ANTONIO CARLOS SILVEIRO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANTONIO CARLOS SILVEIRO DA SILVA
DATA : 23/11/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Nova Xavantina
TÍTULO:

O PAPEL DO FOGO E DE EVENTOS DE SECA SOBRE A DINÂMICA DE UMIDADE DO SOLO SOB FLORESTA DE TRANSIÇÃO AMAZÔNIA–CERRADO


PALAVRAS-CHAVES:

Floresta, água no solo, fogo, tropica, solo


PÁGINAS: 83
RESUMO:

A umidade do solo pode tanto afetar quando ser afetada por possíveis trajetórias das florestas impactadas por distúrbios. Nas florestas de transição Amazônia–Cerrado, os incêndios florestais e os eventos de secas extremas tem ocorrido com maior intensidade e frequência. Com isso, avaliamos o impacto pós-fogo sobre o conteúdo de água no solo (Volumetric Water Content - VWC) em uma parcela queimada a cada três anos (2004 a 2010) e uma outra parcela queimada anualmente (2004 a 2010), além da parcela controle. A nossa coleta de dados compreendeu o período de 2010 a 2018, o que tornou possível a avaliação dos impactos da seca extrema de 2015-2016 sobre o conteúdo de água no solo nas três parcelas. Para estimarmos o conteúdo de água no solo, utilizamos e avaliamos a qualidade de dois métodos: refletômetro no domínio do tempo (Time Domain Reflectometry - TDR) e de resistividade, sendo que ambos os métodos foram calibrados pela técnica de quantificação do teor de umidade gravimétrica (Gravimetric Water Content - GWC). Testamos as hipóteses de que (H1) as parcelas queimadas apresentam maior umidade no solo nos primeiros anos pós-fogo (entre 2011 e 2012) e uma redução nos anos seguintes, e (H2) o evento extremo de seca (entre 2015 e 2016) causou um maior déficit hídrico no solo das parcelas queimadas. Nossos resultados mostraram que ambos os métodos utilizados estimaram a umidade do solo de forma consistente. Na escala interanual, a umidade do solo no pós-fogo não diferiu muito do registrado na parcela intacta (H1). Por outro lado, a redução causada pela seca na umidade do solo foi mais intensa nas parcelas queimadas (H2), exigindo maior tempo para recarregar o volume de água do solo. Além disso, as florestas, tanto queimadas quanto intactas, aumentaram o uso de água no período de seca, sugerindo que as condições estressantes da seca sazonal estão impondo às árvores lenhosas uma maior demanda por água, que é acessada principalmente a partir de solo profundo (até 8m). Nesse sentido, o aumento da fragmentação florestal, dos incêndios generalizados e dos eventos de secas extremas poderão ocasionar maior variabilidade, e até mesmo abruptas reduções na umidade do solo sob florestas de transição em um curto intervalo de tempo, aumentando ainda mais as incertezas para a recuperação dessas florestas degradadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 220.974.038-08 - PAULO MONTEIRO BRANDO - NENHUMA
Interno - 996.005.011-49 - DIVINO VICENTE SILVÉRIO - UnB
Externo à Instituição - PAULO TARSO SANCHES OLIVEIRA - UFMS
Externo à Instituição - SONAIRA SOUZA - UFAC
Externo à Instituição - SIMONE MATIAS DE ALMEIDA REIS - Oxford
Notícia cadastrada em: 01/11/2020 22:08
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