A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM TEA: ESTRATÉGIAS DE ENSINO E FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO
alfabetização; educação inclusiva; instrumento de registro; Transtorno do Espectro Autista (TEA)
A presente pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva – PROFEI, da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, inserida na Linha de Pesquisa I: Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Intitulada “A Alfabetização de Crianças com TEA: Estratégias de Ensino e Ferramentas de Acompanhamento”, a investigação tem como foco a alfabetização de crianças com Transtorno do Espectro Autista nos anos iniciais do ensino fundamental e procura destacar a necessidade de estudos direcionados as dificuldades enfrentadas em salas de aula comuns, geralmente compostas por um número expressivo de crianças. Nesse contexto, justifica-se, sobretudo, pela falta de conhecimento dos professores sobre as práticas adequadas para atender as crianças com TEA, que constituem o público-alvo deste estudo, o qual é conhecer as práticas pedagógicas desenvolvidas no ambiente escolar no processo de alfabetização de crianças com TEA, bem como identificar como é feito o registro e acompanhamento desses estudantes. Alinhados a esse propósito, são objetivos específicos desta pesquisa: refletir e conhecer os principais aspectos da alfabetização da criança TEA; descrever os espaços de alfabetização da escola investigada; e propor um instrumento pedagógico que contemple campos para o registro e acompanhamento das habilidades emocionais, sociais e cognitivas desenvolvidas e em desenvolvimento pela criança. Quanto aos aspectos metodológicos, a pesquisa se orienta por uma abordagem qualitativa, de natureza aplicada, com objetivos exploratórios. Quanto aos procedimentos, foram utilizadas tanto a pesquisa bibliografia quanto a pesquisa de campo. Para produção de dados, recorreu-se à observação em ambientes escolares, além da aplicação de entrevista/questionário, no formato online, a professores e coordenadores da escola participante o estudo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer Nº 7.076.601, atendendo aos requisitos estabelecidos para estudos com seres humanos. Os resultados obtidos revelam uma lacuna na formação dos professores da sala comum em relação ao trabalho com crianças com TEA. Muitas vezes, os docentes têm dificuldades em identificar quais estratégias utilizar no processo de alfabetização dessas crianças, o que indica uma lacuna de conhecimento em relação ao Transtorno. Isso evidenciando a urgência de programas de formação continuada que atendam às especificidades do TEA. Além de formações sobre o transtorno as estratégias de adaptação curricular precisam ser implementadas de forma continua na sala de aula. Nesse contexto, o Plano de Ensino Individualizado (PEI) é identificado como uma estratégia importante para a adaptação do ensino na sala de aula comum, favorecendo o processo de alfabetização. Nesse sentido, o Plano de Ensino Individualizado (PEI) é identificado como uma estratégia importante para a adaptação do ensino na sala de aula comum, favorecendo o processo de alfabetização. A pesquisa culminou no desenvolvimento de um instrumento pedagógico para o registro e acompanhamento das habilidades de alfabetização das crianças com TEA e as suas especificidades, elaborado a partir dos dados coletados e da revisão da literatura. Este instrumento é fundamental para a personalização do ensino e para a promoção de uma educação inclusiva de qualidade. Ele contribui para a organização das práticas pedagógicas, facilita a colaboração entre professores e melhora o acompanhamento do desenvolvimento acadêmico dessas crianças.