Banca de DEFESA: ELIANE PINHEIRO FERREIRA MACIEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIANE PINHEIRO FERREIRA MACIEL
DATA : 03/07/2024
HORA: 13:00
LOCAL: Plataforma Google Meet: Link da videochamada: https://meet.google.com/mgh-yhfs-ayu
TÍTULO:

LNGUAGEM, SOCIEDADE E CULTURA: UM ESTUDO SOCIOLINGUÍSTICO SOBRE O POVO CINTA-LARGA, COMUNIDADE INDÍGENA RIO SECO, JUÍNA / MT


PALAVRAS-CHAVES:

 Sociolinguística. Povos indígenas. Cinta-Larga. Cultura e língua indígena. Bilinguismo.


PÁGINAS: 210
RESUMO:

Nesta dissertação, desenvolveu-se um estudo sociolinguístico sobre o povo Cinta-Larga, focando  as duas línguas em contato: a Cinta-Larga oriunda do tronco Tupi pertencente à família linguística Mondé e a Portuguesa brasileira oficial faladas em situação de bilinguismo, na comunidade Rio Seco situada na terra indígena Serra Morena, município de Juína, MT. Para isso, utilizou-se a Sociolinguística Variacionista e investigações de pesquisadores e sociolinguistas nacionais e internacionais. Considerando a cultura do povo indígena Cinta-Larga,   objetivou-se a analisar seu comportamento sociolinguístico em relação ao tema línguas em contato. Os procedimentos metodológicos seguiram a Sociolinguística Variacionista que prevê a coleta e a análise de dados obtidos na pesquisa de campo, e com algumas anotações etnográficas conforme a pesquisa quali-quanti, e os passos de um Guia específico. Utilizou-se a observação dos informantes respaldada no eixo sincrônico da língua falada no ano de 2023. Selecionaram-se 12 informantes distribuídos em três faixas etárias, jovem, adulto e idoso, com os quais se procedeu à entrevista mediante um questionário semiestruturado. Os resultados da pesquisa apontaram  que a língua Tupi Mondé (ou Cinta-Larga) falada pelo povo Cinta-Larga da comunidade Rio Seco se encaixa na categoria de língua viva e plenamente ativa. Ademais, o contexto linguístico revelou-se complexo e multifacetado, e evidenciou que os idosos, embora falassem um pouco a língua portuguesa, tinham dificuldades para se comunicarem adequadamente com ela. Além disso, eles veem a escola como o lugar adequado para o ensino e a aquisição do português, enquanto a família e os mais velhos deveriam ser os responsáveis pelo ensino da língua indígena. Verificou-se, ainda, que, na comunidade citada, a língua portuguesa é imprescindível para os objetivos de comunicação em lugares específicos, como postos de saúde, contextos legislativos de reinvindicação de direitos e espaços de trabalho, como os mercados onde ocorre o comércio de artesanato, e a língua portuguesa predomina nas situações de interação. No entanto, a maioria dos informantes relatou utilizar ambas as línguas no seu cotidiano. O resultado das análises indicou que há línguas em contato e bilinguismo na comunicação, dentro e fora da comunidade pesquisada, e são classificadas em três grupos distintos, a saber: bilíngues em desenvolvimento, bilíngues estáveis e bilíngues atrativos. Concluiu-se que o ensino e a aquisição da língua indígena na   escola são cruciais, porque os aborígenes mais jovens,  diferentemente dos mais velhos, não estão comprometidos com a preservação da língua do povo Cinta-Larga, fato que pode decretar, também, a extinção de sua cultura.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 592.869.116-53 - MARIA DO SOCORRO VIEIRA COELHO - Unimontes
Interno - 274.900.761-53 - MANOEL MOURIVALDO SANTIAGO ALMEIDA - USP
Externo à Instituição - Francisco Edviges Albuquerque - UFTO
Notícia cadastrada em: 07/06/2024 12:02
SIGAA | Tecnologia da Informação da Unemat - TIU - (65) 3221-0000 | Copyright © 2006-2024 - UNEMAT - sig-application-01.applications.sig.oraclevcn.com.srv1inst1