A ANCESTRALIDADE E OS PROCESSOS DE (DES)(RE)CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS EM OS NOVE PENTES D’ÁFRICA, DE CIDINHA DA SILVA
Literatura Infantojuvenil. Literatura Negra. Ancestralidade. Cidinha da Silva.
A proposta desta pesquisa objetiva analisar os aspectos da ancestralidade e das (des)(re)construções identitárias das personagens relativas à novela Os noves pentes d’Africa, de Cidinha da Silva. A autora mineira de Belo Horizonte apresenta em sua escrita ficcional um enredo que tematiza histórias, ancestralidades, hibridismos e memórias da população negro brasileira, o que permite múltiplas abordagens sobre a importância desse projeto literário para os processos de emancipações e decolonialismos possíveis a contemporaneidade. Nessa pragmática, a literatura de Cidinha da Silva insere-se em um contexto embrionário de avanços e debates sobre as práticas e os discursos que destituem o protagonismo negro dos espaços de poder e de representação. Abre caminho para reflexões acerca das composições coloniais que ainda subsidiam o construto da nação negro brasileira. Para o desenvolvimento da pesquisa utiliza-se como aporte teórico e crítico as produções de Bauman (2005), Bosi (1992), Candido (1989), Hall (2013), Munanga (2003), Halbwachs (1968), Lajolo & Zilberman (2022), Silva (2010), Gouvea (2005), Cuti (2010), Debus (2017), Almeida (2019), Candau (2019), Ribeiro (2019), Kilomba (2019), Zolin (2012), Evaristo (2005), Faislon (2020) entre outras importantes intelectualidades dadas ao corpus em análise.