POESIA INFANTIL PRODUZIDA EM MATO GROSSO: uma perspectiva ecocrítica
Poesia infantil. Mato Grosso. Formação de leitores. Ecocrítica.
Esta pesquisa objetiva analisar obras contemporâneas de poesia infantil, produzidas em Mato Grosso, por uma perspectiva da ecocrítica, a fim de compreender como algumas leituras podem atuar a favor de uma educação ambiental, exercendo uma função humanizadora na formação do leitor. As obras que compõem o corpus de investigação desta pesquisa foram selecionadas por serem poéticas e contemporâneas, auxiliando na composição do quadro da poesia infantil. Por meio do estudo das obras selecionadas, será possível analisar como cada uma traz a temática ambiental, unindo a arte da poesia e das ilustrações, orientando para uma leitura que possa conscientizar o leitor acerca dos problemas ambientais, ao mesmo tempo em que encanta os pequenos leitores, possibilitando-lhes uma formação crítica e humanizada. Considerando que a ilustração é uma imagem que acompanha um texto e não o seu substituto e que essas duas linguagens constituem um único texto, a análise das ilustrações, focalizará os significados do que a imagem representa e também como ela o faz. Parte-se do pressuposto que Vira e mexe, um pet (2021) de Divanize Carbonieri; Sabiapoca: ou Canção do Exílio sem sair de Casa (2018) de Aclyse Mattos; Doce de formiga (2014) e Sabichões (2016) de Marta Cocco; e Serelepiando com poesias (2014) de Iraci Conceição Romagnolli Dias, possuem uma estética capaz de contribuir para a formação de leitores críticos, considerando que a partir do literário é possível refletir sobre o meio ambiente, sem o peso da ação pedagogizante das disciplinas direcionadas especificamente para os problemas ecológicos.