MITO, MEMÓRIA E RESSIGNIFICAÇÃO CULTURAL INDÍGENA NA OBRA CANUMÃ: A TRAVESSIA DE YTANAJÉ COELHO CARDOSO
Cultura Indígena, Ressignificação cultural, Memória
Este trabalho tem como objetivo analisar a obra Canumã: a travessia, de Ytanajé Coelho Cardoso, tendo em vista a questão da memória e da ressignificação cultural indígena. Este romance, escrito por um indígena Munduruku, mistura ficção com lembranças da infância e de Borba, cidade do interior do estado do Amazonas. Narrado em primeira pessoa, o personagem principal apresenta suas vivências e conhecimentos, buscando enfatizar o papel dos anciãos para a manutenção da cultura pela oralidade. A narrativa traz, assim, os costumes antigos e ancestrais desse povo, e para isso utiliza-se da memória das histórias ouvidas dos anciãos, levando ao passado cultural, além de retratar as transformações culturais vividas no presente. Essa pesquisa, de cunho bibliográfico, buscará, portanto, analisar as representações dos indígenas e das transformações culturais na narrativa, a partir dos conceitos de memória e de ressignificação cultural.