Banca de DEFESA: Priscila Ferreira de Alécio

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Priscila Ferreira de Alécio
DATA : 29/07/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala do PPGletras, remota, Google meet
TÍTULO:

Análise dos usos, percepções e atitudes de sulistas residentes no município de Cláudia: estudo da variação "tu" e "você"

PALAVRAS-CHAVES:

Sociolinguística Variacionista. Dialetologia Pluridimensional e Dialetologia Perceptual. Atitudes e percepções linguísticas. Variação “tu” e “você”. 

PÁGINAS: 173
RESUMO:

O presente trabalho tem o propósito de expor uma pesquisa sobre a variação “tu” e “você” de migrantes sulistas, bem como de filhos de migrantes que vieram da região sul e residem no município de Cláudia. O objetivo do trabalho é investigar as atitudes e percepções linguísticas sobre a variação “tu” e “você”, bem como explorar o percurso dos sulistas migrantes na constituição do município. Os pressupostos teóricos e metodológicos foram pautados na Sociolinguística Variacionista e na Dialetologia Pluridimensional e Perceptual. O perfil dos participantes detém as mais variadas profissões, com a ocorrência maior de informantes vindos do Paraná e de Santa Catarina. No que se refere à pesquisa de campo, foram realizadas 24 entrevistas, sendo 8 com migrantes da zona urbana, 4 do sexo feminino e igual número para masculino, e 4 do meio rural, sendo 2 para cada sexo, que residissem pelo menos 15 anos no local. A faixa etária para este grupo ficou determinada entre 40 e 60 anos de idade.  Com relação aos filhos, houve a mesma distribuição de sujeitos com o critério de idade entre 18 e 40 anos. Na entrevista, houve a aplicação de três questionários para os migrantes, a fim de conhecer a formação da cidade, e dois para os filhos desses migrantes. Os três questionários foram baseados nas pesquisas desenvolvidas por Reis (2018) e Oushiro (2015), que possibilitaram as rodadas estatísticas com o auxílio do Programa R, cuja finalidade é realizar gráficos e tabelas, por intermédio de scripts, com os quais, a partir do momento que se tem o contato e a prática, os dados são gerados com maior agilidade e rapidez. Também utilizou-se o Excel, responsável por gerar dados que demandaram gráficos maiores. Ambos utilizados, Programa e editor de planilhas, deram maior agilidade na busca dos dados quantitativos. A pesquisa amparou-se teoricamente em Labov (2008), Lopes (2017), Long e Preston (1999), Preston (1989; 1999; 2010), Thun (2009), dentre outros. A partir da leitura teórica, dos dados coletados e analisados pôde-se inferir que a variação “tu” está presente na fala tanto dos migrantes quanto dos filhos. No entanto, o processo migratório possibilitou a variação “você”, que também foi passada para os descendentes. Nessa perspectiva, a variação “tu” e “você” é registrada no município. Na pesquisa também foi encontra a forma de tratamento, característica de alguns participantes, do pronome “senhor/a” para designar pessoas com mais idade. Ou seja, para além das duas foram estudadas, a pesquisa demonstrou existir mais variações, no tratamento tanto de pessoas mais próximas, quanto para mais velhas ou os pais.  As rodadas estatísticas demonstram a porcentagem de informantes correspondente, ou não, a cada uma das nove variáveis investigadas, variáveis estas que são encontradas nesse trabalho, baseado nos pressupostos de Lopes (2017), que também desenvolveu uma pesquisa com essa vertente, mas na cidade de Chapecó/SC. Com os dados obteve-se muito mais que a variação, no caso dos migrantes foram histórias de vida, com um processo de colonização e vinda para o município que reportam muitas dificuldades, mas que, com o esforço destes, foi possível estabilizarem-se e hoje terem orgulho das vivências no município de Cláudia.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 274.900.761-53 - MANOEL MOURIVALDO SANTIAGO ALMEIDA - USP
Interno - 100828003 - NEUSA INES PHILIPPSEN
Externo à Instituição - EMILIO GOZZE PAGOTTO - UNICAMP