LETRAMENTO DIGITAL CRÍTICO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NAS VOZES DE PROFESSORES DE LINGUAGEM
Linguagem. EJA. Narrativas Docentes. Letramento Digital Crítico.
Este estudo qualitativo, sob o enfoque da pesquisa narrativa, inscreve-se nos preceitos da Linguística Aplicada Crítica (LAC), tem por objetivo analisar, mediante narrativas orais de professores de Linguagem, se as práticas de linguagem aliadas ao uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) nos processos formativos dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) baseiam-se nos princípios do Letramento Digital Crítico e como a formação crítica se manifesta nas vozes dos docentes. Os dados da pesquisa são oriundos de seis entrevistas narrativas realizadas, remotamente, por meio da Plataforma Google Meet e também presencialmente com professores de Linguagem, que atuam na EJA de uma Escola Estadual de Desenvolvimento Integral de Educação Básica (EEdieb). No aporte teórico contextualizou-se o(s) Letramento(s), os Novos Letramentos e os Multiletramentos, a fim de relacioná-los entre si e com o conceito de crítico(a) - tecido a partir da epistemologia do termo crítico, das concepções de autores que estudam a LAC, das obras de Paulo Freire e dos orientativos educacionais como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017), Documento de Referência Curricular para Mato Grosso (DRC-MT, 2018). Com referência ao Letramento Digital Crítico, o desafio foi conceituá-lo a partir de uma relação epistemológica e dialógica para oportunizar reflexões nas análises e interpretações das narrativas orais dos docentes. Essas vozes ecoaram no sentido de se identificarem como escolhidos pela profissão ao atenderam ao chamado para o ensino, por isso se sentem satisfeitos na EJA por entenderem o papel social que exercem, quanto as práticas de linguagem, há ações ligadas ao uso das TDIC, embora limitadas da efetiva naturalização do Letramento Digital Crítico em face das dificuldades do acesso e do uso das tecnologias na educação, assim como da situação sócio-histórica dos estudantes e dos professores.