BIBLIO-ÓCA NELSON MUTZIE: Literatura e memória ancestral
Biblio-Óca; Memória Ancestral; Narrativa Rikbaktsa; literatura de autoria Indígena.
A tradição oral das narrativas da comunidade indígena Rikbaktsa encontra eco nos relatos de seus habitantes, tecendo um cenário cultural vivo e ancestral que demanda investigação. Essa análise pode catalisar uma revisão da literatura nacional, incorporando as vozes narrativas desses povos ao mosaico cultural e literário brasileiro. Nesse contexto, onde a decolonialidade sublinha a importância de revisitar a tradição oral e a riqueza simbólica de suas expressões linguísticas e literárias, a Biblio-Óca Nelson Mutzie, do povo Rikbaktsa, se configura como um núcleo de resistência cultural e identitária, promovendo um fértil intercâmbio entre indígenas e não indígenas. Assim, nosso foco específico reside na análise da Biblio-Óca e de sua relevância para a salvaguarda da identidade e da memória da população Rikbaktsa, utilizando como corpus as narrativas orais de anciões disseminadas em diversas mídias. A pesquisa proposta visa, portanto, analisar e difundir essas narrativas que articulam literatura e oralidade dos povos ameríndios por meio de plataformas digitais, documentários e entrevistas. Teoricamente embasamo-nos nos estudos decoloniais de autores como Walter Mignolo e Linda Smith, priorizando as obras de autores indígenas como Trudruá Dorrico, Daniel Munduruku, Márcia Kambeba e Ailton Krenak. A investigação estabelece a conexão entre literatura, cultura e memória, analisando as narrativas indígenas pesquisadas em diversas mídias arquivadas na Biblio-Óca, com o intuito de contribuir para a difusão e preservação da literatura oral e narrativas Rikbaktsa.