Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIELA PATRÍCIA PEREIRA DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIELA PATRÍCIA PEREIRA DOS SANTOS
DATA : 16/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: online via google meet
TÍTULO:

Reverberações da diáspora e reflexões sobre identidade em Torto Arado, de Itamar Vieira


PALAVRAS-CHAVES:

Identidade; Diáspora; Território; Quilombolas; Torto arado.


PÁGINAS: 64
RESUMO:

A constituição identitária das personagens de Torto arado, de Itamar Vieira Júnior, descendentes de negros escravizados que foram submetidos ao fenômeno diaspórico africano estão no escopo dessa dissertação de mestrado. A proposta é investigar os meandros da relação indissociável entre identidade e lugar, em meio aos traumas gerados pela escravidão no Brasil, e os efeitos dessa intersecção para a expansão da consciência identitária e emancipação das personagens na narrativa. A dinâmica que liga o sujeito à terra é questionada pelos descendentes de africanos escravizados que foram tirados a força de seus chãos e que, historicamente, foram condenados a lugar nenhum, um lugar em que habita o complexo de inferioridade (Fanon, 2008).  No romance, esse “lugar nenhum” é nomeado pela expressão “viver de morada”.  (Vieira Júnior, 2019, p.179). A trama abrange a complexidade da composição identitária do sujeito migrante a partir de África, considerando que a diáspora e o deslocamento forçado promovem identidades múltiplas (Hall, 2003) e que as identidades mudam em relação com outras identidades, com outros territórios reais ou imaginários (Glissan, 2011). Ao contextualizar as reverberações da diáspora para as questões identitárias e a ecoar sobre a importância do reconhecimento em suas individualidades (Bhabha, 2018),  Torto arado dialoga com a sociedade brasileira sobre o direito de existir dessa população historicamente invisibilizada e silenciada, mas que pode lutar contra essa sujeição (Spivak, 2010). As vozes das personagens negras provocam o deslocamento literário para uma perspectiva diferente (Candido, 1995)  e levam o leitor a refletir e a repensar sobre a presença e o lugar dos negros na sociedade brasileira que historicamente foram relegados a uma marginalização social.  Ao se apropriarem de suas identidades, individual e coletiva, e assumirem a condição de quilombolas, as famílias de Água Negra  de Torto arado assumem a postura de enfrentamento contra o regime de exploração que tradicionalmente serviu os descendentes de africanos no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 54869003 - MARINEI ALMEIDA
Externo ao Programa - 013.353.564-95 - RODOLFO MORAES FARIAS - UFPB
Externa à Instituição - ALGEMIRA DE MACÊDO MENDES -
Notícia cadastrada em: 22/11/2024 17:10
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