LETRAMENTO LITERÁRIO: O EMPODERAMENTO FEMININO NAS HISTÓRIAS DE MARINA COLASANTI E SEU IMPACTO NO ENGAJAMENTO DO LEITOR
contos; letramento literário; engajamento; escrita feminina; empoderamento feminino.
Neste trabalho, discute-se o letramento literário como ferramenta de empoderamento feminino e autodesenvolvimento, investigando o impacto dos contos de Marina Colasanti no engajamento de leitores adolescentes. A pesquisa explora como narrativas que abordam temas de gênero e identidade promovem reflexão crítica e conexão emocional significativa com os leitores, ultrapassando as habilidades técnicas da leitura. Contos como Para que ninguém a quisesse, Entre a Espada e a Rosa, Entre as folhas do verde O e A Moça Tecelã serviram como base para oficinas realizadas com estudantes do ensino médio, incentivando-os a explorar e criar narrativas próprias, promovendo o prazer pela leitura e o desenvolvimento do autoconhecimento. Ancorada em teóricos como Soares (2006, 2009), Cosson (2012), Candido (1995, 2011), Lajolo (1993) e Freire (1989, 2007), a pesquisa destaca o papel da literatura como prática social fundamental para a construção de uma consciência crítica e libertadora. Inspirada nas teorias de Beauvoir (1970) e Butler (2003), que discutem a construção social da identidade de gênero, considera-se a literatura como meio de desconstrução de estereótipos, fornecendo aos leitores ferramentas para compreender as dinâmicas de poder que moldam a identidade. Jouve (2002) contribui com a visão da leitura como caminho para o autoconhecimento, enquanto Todorov (2010) e Zilberman (2009) defendem a literatura como meio humanizador e emancipador, essencial para a formação crítica dos jovens. O estudo destaca como os contos de Colasanti atuam na conscientização sobre identidade e empoderamento feminino, especialmente por meio de personagens que desafiam normas patriarcais e exploram sua autonomia. Conclui-se que o letramento literário, mediado por narrativas como as de Colasanti, não apenas fomenta o empoderamento e a conscientização sobre identidade, mas também forma leitores engajados e reflexivos, preparados para dialogar com o mundo e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e sensível às questões de gênero.