DIÁLOGOS ENTRE/VERSOS E INTRA/IMAGENS NO INVENCIONISMO DE ACLYSE MATTOS
Aclyse Mattos. Poesia. Contemporâneo. Literatura produzida em Mato Grosso.
Esta pesquisa analisa as obras poéticas de Aclyse Mattos, publicadas até o ano de 2024, sendo elas: Assalto a mão amada: e outras histórias cantadas (1985); Papel Picado (1987); Quem muito olha a lua fica louco (2000); Festa (2012); Com por: poesias (2020). São identificadas fases distintas e complementares na escrita de Mattos, que vão desde as experimentações poéticas advindas dos movimentos de vanguardas, em especial o Intensivismo, Concretismo e Poema-processo, até uma fase mais intimista que interliga suas produções à essência da cuiabania e projeta em Mato Grosso e sua capital, Cuiabá, o sentimento de pertencimento. Em seguida, uma proposta marcada pela confluência de diálogos entre tradição e modernidade que garantem a maturidade poética do autor. Para fundamentar as análises recorremos à teoria literária acerca da lírica e estudos críticos sobre a literatura produzida em Mato Grosso. Estudiosos como Alfredo Bosi (2015), Philadelpho Menezes (2001), Octavio Paz (2012), Isaac Ramos (2011), Haroldo de Campos (1987) e outros, fundamentam as análises de poemas, os quais apresentam traços pós-vanguardistas, como os elementos verbivocovisuais. Para estruturar a investigação na segunda fase de produção do autor e contextualizar o cenário literário mato-grossense, críticos como Olga Castrillon-Mendes (2020); Eduardo Mahon (2021); Mário Cezar Silva Leite (2005), Cristina Campos (2014). Além de outros pesquisadores de áreas afins aos estudos literários como Heidegger (2006) Byung Chul-Han (2022), Silva & Silva (1995), ajudaram a compor esta tese.