Desafios das Mudanças Climáticas no Planejamento da Produção de Tomateiro
Solanum lycopersicum; Sustentabilidade agrícola; Rendimento agrícola, Efeito estufa, Segurança alimentar.
As mudanças climáticas representam um desafio crescente para a produção de tomate, influenciando diretamente o rendimento, a qualidade dos frutos, o manejo fitossanitário e a sustentabilidade da cultura. O aumento das temperaturas e a escassez hídrica podem reduzir a produtividade em até 85% em cenários extremos, comprometendo a segurança alimentar e a viabilidade econômica da produção. Além disso, a elevação da temperatura e alterações no regime de chuvas favorecem a proliferação de pragas e doenças, exigindo estratégias de manejo mais eficazes para reduzir as perdas. A produção de tomate também contribui para as emissões de gases de efeito estufa, principalmente em regiões de clima temperado devido ao uso de estufas aquecidas e do emprego intensivo de fertilizantes nitrogenados. Para mitigar esses impactos, é fundamental adotar práticas sustentáveis, como ajustes no calendário de plantio, uso de tecnologias de monitoramento climático e sistemas eficientes de irrigação. No contexto do Estado de Mato Grosso, a definição de um zoneamento edafoclimático do tomateiro é essencial para identificar áreas mais aptas ao cultivo, considerando os impactos climáticos regionais. Esse estudo busca mapear as condições edafoclimáticas favoráveis para a cultura, propondo estratégias para mitigar os riscos climáticos e otimizar a produção. Diante desses desafios, a integração de práticas agrícolas inovadoras, políticas públicas eficazes e tecnologias avançadas torna-se essencial para garantir a sustentabilidade da produção e reforçar a segurança alimentar. O planejamento agrícola deve ser orientado por estratégias de adaptação e mitigação que alinhem a produção de tomate aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo uma agricultura mais resiliente e sustentável.