VARIABILIDADE METEOROLÓGICA, DESCONFORTO TÉRMICO E SUAS ASSOCIAÇÕES COM INTERNAÇÕES E ÓBITOS POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NO MATO GROSSO
Clima; Doenças Respiratórias; Trabalhadores Rurais.
O objetivo foi analisar os índices de desconforto térmico assim como as correlações das taxas de internações e mortalidade das doenças do sistema respiratório elencando os horários de maior exposição à população em dois biomas mato-grossense. Foi um estudo observacional, ecológico e quantitativo. Foram utilizados dados do Centro Tecnológico de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (CETEGEO) para os dados de temperatura e umidade relativa do ar, após foi utilizado a fórmula do Índice de Calor (IC) e do Índice de Temperatura e Umidade (ITU) para calcular o índice de desconforto térmico. Os dados de saúde foram obtidos pelo Departamento de informática do sistema único de saúde, as informações de internações foram colhidas de 2013 a 2022 e de mortalidade de 2013 a 2020. Alta Floresta apresenta uma maior prevalência de “desconforto térmico”. As correlações mais significativas aconteceram entre as taxas de internações por doenças respiratórias, na faixa etária de 60 e mais. Em relação aos horários de maior desconforto, o horário das 10h até as 16h são os de maior desconforto, demonstrando que o horário mais crítico é das 14h e 15h. O ano de 2015/2016 teve maior variabilidade dos resultados e maior incidência de temperatura e umidade relativa do ar em Alta Floresta. O período seco apresenta maior desconforto térmico do que o período chuvoso. Resultados demonstraram que existem relação com o aumento ou diminuição dos elementos meteorológicos: temperatura e umidade relativa do ar com as taxas de desconforto térmico e as internações e mortalidades por doenças do sistema respiratório.