A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENEM (2013–2024): UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA SOCIOLINGUÍSTICA EDUCACIONAL
Variação linguística; Sociolinguística educacional; ENEM; Pesquisa documental.
A presente pesquisa debruça-se sobre como o tópico da variação linguística vem sendo abordado nas questões que compõem a prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre os anos de 2013 e 2024, sob a ótica da Sociolinguística Educacional. O ENEM, criado pelo Ministério da Educação (MEC), é uma avaliação que tem impacto significativo no acesso ao ensino superior gratuito no Brasil. Este estudo destaca que o ENEM democratizou o acesso ao ensino superior, permitindo a participação de estudantes de diversas regiões e condições socioeconômicas (Andrade e Freitag, 2016). Nos últimos anos, o exame contou com uma média de 6 milhões de participantes anuais (INEP, 2024), refletindo sua importância como principal porta de entrada para o ensino superior no país. Para tanto, a problematização deste estudo está na necessidade de se fazer um levantamento, compreender e investigar como a variação linguística se manifesta no ENEM, assim como quais os impactos dessa hierarquização no desempenho dos candidatos. Nesse sentido, o ensino e compreensão da variação linguística, segundo Bortoni-Ricardo (2004), é fundamental para promover uma educação inclusiva e equitativa. O objetivo geral da pesquisa, portanto, é analisar como a variação linguística foi abordada nas provas do ENEM, identificando manifestações das nomenclaturas nos enunciados das questões e a forma de valoração atribuída a elas. A metodologia empregada no estudo é a análise documental das provas das edições de (2013-2024), fundamentada nos princípios propostos por Gil (2002). O processo vem sendo conduzido em etapas principais: determinação dos objetivos e obtenção do material, categorização e tratamento dos dados e, por fim, interpretação dos resultados.