ESTUDO COMPARATIVO ENTRE GESTOS ARTICULATÓRIOS DA LIBRAS, ASL E DA LÍNGUA DE SINAIS DOS INDÍGENAS SURDOS PAITER SURUÍ
Língua de sinais indígenas; Análise comparativa; Língua de sinais; Indígenas surdos Paiter Suruí.
A educação de surdos na atualidade tem sido objeto de estudo nas diversas esferas do saber acadêmico provocando profundas discussões e avanços acerca deste tema. Essa pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Linguística, na linha de pesquisa Estudo de Processos Descritivos, de Análise e de Documentação de Línguas Indígenas, tem como objetivo fazer uma análise comparativa entre sinais Paiter Suruí registrados em pesquisas anteriores com sinais de outras línguas se sinais oficiais entre elas a ASL e a Libras. A problemática levantada sobre o tema é: os sinais Paiter Suruí registrados em pesquisas anteriores apresentam a mesma estrutura de sinais de outras línguas de sinais? A pesquisa se fundamenta nos estudos linguísticos de Stokoe a partir dos anos de 1960 que levaram a compreensão do reconhecimento das línguas de sinais como línguas naturais dos surdos. Os estudos fonéticos e fonológico das línguas de sinais serão fundamentados em Brentari (1998) que faz referência sobre a fonética e fonologia nas línguas de sinais, o autor ao descrever a estrutura fonológica na formação dos sinais dividiu em oito tipos de sinais formando um conjunto básico necessário para descrever a estrutura de qualquer modelo de conjunto fonológico completo para as línguas sinalizadas, teve como parâmetro a ASL. Os estudos das articulações manuais e descrição fonológica na estrutura dos sinais será fundamentado em Crasborn (2012). Para fundamentar a discussão sobre a importância do registro de línguas não oficiais levando em consideração o desenvolvimento de uma língua de grupos de surdos isolados dos grandes centros urbanos, buscamos referência na experiência de São Tomé e Príncipe em Mineiro e Carmo (2016). A pesquisa caracteriza-se em um estudo de caso, de caráter bibliográfico com olhar nas metodologias de pesquisas pós-críticas de Meyer e Paraíso (2012) que com um jeito novo e livre de encaminhar suas pesquisas, reconhecendo assim, uma forma de trilhar novos caminhos que possibilitam produzirmos os dados das questões que motivaram essa pesquisa. Almejamos contribuir para o crescimento cultural, educacional e linguístico da comunidade surda.