RELAÇÕES INTERCULTURAIS NA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA: ANALISE DAS PRÁTICAS DOCENTES NA E. E. 12 DE OUTUBRO
Educação; Fronteira; Interculturalidade.
Este estudo buscou compreender qual a percepção das/os professoras/es, de Cáceres-MT, sobre as/os educandas/os bolivianas/os da Escola Estadual 12 de outubro, ainda, observar como desempenham suas práticas pedagógicas. O problema deste estudo constituiu-se em saber como acontece a relação intercultural. O objeto foi construído a partir da seleção de três dimensões espaciais muito distintas uma das outras - fronteira, cultura e escola – tendo como elemento eixo as relações interculturais, isto é, a ação dos sujeitos que tecem cotidianamente formas singulares de viver e experenciar o mundo. O caminho percorrido para adentrar neste universo foi o diálogo com a bibliografia especializada, sobretudo, no que se aproxima mais dos temas relacionados à fronteira, à historicidade da ocupação deste território e da que trata da escola em suas várias dimensões; e, de forma mais aguda a que refere as questões relacionadas à cultura e à interculturalidade, as coletas de dados com entrevistas não estruturada. Um segundo passo foi pensar os nexos culturais estabelecidos entre estudantes e professores/as na Escola Estadual 12 de Outubro com todo seu aparato pedagógico, localizada no Assentamento Nova Esperança - agrovila, naquela região de fronteira. Neste momento, entraram em cena as análises das relações e do convívio diário de estudantes de diferentes “origens” (leia-se diversidades culturais) no espaço escolar, que afloraram através do contato semanal que estabeleci com eles naquele local e de suas narrativas materializadas nas observações e entrevistas não estruturada que realizei. O resultado desta pesquisa foi a percepção de um rico mosaico cultural dentro do espaço escolar, e para transformar esta singularidade em ação pedagógica percebo que a comunidade escolar precisa de “formação” em como lidar com essa diversidade, em como se aproximar e acolher esses alunos(as) e permitir fluir a possibilidade da troca de conhecimento não escolarizadas. Também ficou evidenciada a necessidade de se efetivar as políticas públicas existentes, voltadas para o acesso dos imigrantes estrangeiros à educação, e que gere um acesso inclusivo, com práticas pedagógicas interculturais. Algumas propostas estão em andamento como: oferta de curso de língua espanhola para comunidade escolar.