Cultivo in vitro de castanha-da-Amazônia (Bertholletia excelsa H.B.K) genótipos Caracaraí VIC-ITÂ P-26, Caracaraí VIC-ITÂ P-65, Caracaraí VIC-ITÂ P-71
Germinação; Organogênese; Rizogênese; Membranas Microporosas.
A espécie Bertholletia excelsa, conhecida como castanha-da-Amazônia, desempenha um papel essencial na economia e na conservação ambiental da região amazônica. No entanto, sua propagação é limitada pela baixa taxa de germinação e crescimento lento das mudas. O presente estudo investiga a germinação in vitro de sementes dos genótipos de B. excelsa (Caracaraí VIC-ITÂ P-26, Caracaraí VIC-ITÂ P-65, Caracaraí VIC-ITÂ P-71) no desenvolvimento multicaules e a regeneração a partir de microestacas do genótipo Caracaraí VIC-ITÂ P-71 e, o enraizamento com o uso de membranas microporosas. Na germinação das sementes o genótipo Caracaraí VIC-ITÂ P-26 obteve percentual de 13,3% de sementes germinadas, sendo 16,6% e 36,6% para os respectivos genótipos Caracaraí VIC-ITÂ P-65, Caracaraí VIC-ITÂ P-71. Já para o desenvolvimento de multicaules o genótipo Caracaraí VIC-ITÂ P-71 obteve maior produção 20%. Na regeneração in vitro de microestacas a presença de BA e TDZ promoveram a formação de brotações neoformadas. Nas concentrações de 1,0 mgL-1 TDZ produziu maior percentual de brotações com 73,3%, seguido de BA a 0,25 mgL-1 com 40%, após 60 dias de cultivo in vitro. No processo de enraizamento, a combinação de 0,50 mgL⁻¹ de AIB com tampas contendo apenas uma membrana microporosa (1M) apresentou percentual de 83,3% de microestacas enraizadas, e com 0,50 mgL-1 AIB 2M e 1,0 mgL-1 AIB 1M obtiveram percentual 16,6%, respectivamente. Quanto ao comprimento das raízes, a maior média foi de 7,63 mm no tratamento controle com tampas sem membrana. A melhor resposta para produção de folha ocorreu no tratamento controle com tampas (SM) com percentual de 100%. No comprimento e diâmetro foliar, a melhor média foi obtida com 1,0 mgL⁻¹ de AIB e tampas com 2M apresentando 18,13mm e 5,85 mm, respectivamente. Para o cultivo de microestacas de B. excelsa sugere-se o uso de 1,0 mgL-1 TDZ para a indução da regeneração de gemas neorformadas e para o desenvolvimento de planta completa a adição de 0,50 mgL⁻¹ de AIB e uso de tampas em frascos de cultivo com apenas uma membrana microporosa. A regeneração in vitro e a obtenção de plantas completas contribui significativamente para ampliar os métodos de propagação de B. excelsa.