Banca de DEFESA: CRISTINE DA COSTA DINIZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CRISTINE DA COSTA DINIZ
DATA : 12/02/2026
HORA: 08:00
LOCAL: Sala da Pós Graduação -
TÍTULO:

INOVAÇÃO NO CULTIVO DO MARACUJÁ: DESEMPENHO AGRONÔMICO DO HÍBRIDO UNEMAT124 COMO PORTA-ENXERTO E SUA RESISTÊNCIA A PATÓGENOS DE SOLO


PALAVRAS-CHAVES:

Passiflora edulis, Enxertia, Fusariose, Podridão do Colo, Nova Cultivar


PÁGINAS: 79
RESUMO:

O maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis) corresponde a cerca de 95% da produção nacional de maracujá. Entretanto, enfrenta grande vulnerabilidade a patógenos do solo, especialmente a espécies do complexo Fusarium spp., que causam as doenças podridão do colo e fusariose, que são transmitidas via solo, comprometendo tanto a produtividade quanto a qualidade dos frutos. A introdução de genes de resistência de espécies silvestres do gênero Passiflora, juntamente com o uso de enxertia, apresenta-se como soluções eficazes para sustentar a produção em áreas impactadas pela doença. O presente estudo foi estruturado em dois capítulos complementares. No Capítulo 1, teve-se como objetivo avaliar as características morfoagronômicas e o desempenho produtivo do híbrido interespecífico (HI) UNEMAT124, visando seu potencial lançamento como nova cultivar de porta-enxerto para o maracujazeiro, considerando que sua resistência à podridão do colo já havia sido comprovada em trabalhos anteriores. Posto isto, o ensaio foi conduzido na area experimental do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Cáceres. O HI UNEMAT 124 foi utilizado como porta-enxerto, e adotou-se as técnicas de estaquia e enxertia do tipo garfagem fenda cheia, com as copas de P. edulis, cultivar BRS Sol do Cerrado. Para a avaliação morfoagronômica foram utilizados 28 descritores para P. edulis e 35 para híbridos interespecíficos, ambos sugeridos pelo Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA). Foi utilizado delineamento experimental em blocos ao acaso, com cinco blocos, quatro tratamentos (TR1 - HI enxertado com P. edulis, obtido via semente; TR2 - HI enxertado com P. edulis, obtido via estaca; TR3 – P. edulis obtido via semente; TR4 – P. edulis obtido via estaca) e três plantas por parcela. As avaliações foram realizadas em plantas adultas no primeiro ano de produção. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), e as médias dos tratamentos foram comparadas por meio do teste de Tukey, com um nível de 5% de probabilidade. O HI UNEMAT 124 foi eficiente como porta-enxerto quando combinado com enxerto via semente e mostrou-se superior à estaquia para o desempenho agronômico das plantas. Além disso, apresentou descritores morfológicos estáveis e teor de sólidos solúveis elevado (> 16ºBrix).  No Capítulo 2, avaliou-se a resistência do HI à fusariose por meio da inoculação com Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae, visando validar o uso do HI UNEMAT124 como uma estratégia sustentável de manejo de patógenos de solo, com potencial aplicação em pomares comerciais de Mato Grosso e, futuramente, de outras regiões do Brasil. As mudas do HI UNEMAT124 e de BRS Sol do Cerrado (testemunha) foram produzidas por estaquia e submetidas a dois métodos de inoculação: raízes lavadas (1) e transplante em substrato após inoculação (2) (1×10⁶ conídios mL⁻¹). O experimento foi conduzido em casa de vegetação do LMGV com delineamento experimental de blocos casualizados em esquema fatorial 2 (genótipos) × 2 (inoculada e não inoculada) × 2 (métodos de inoculação). Foi avaliado o período de sobrevivência das plantas até 30 dias após a inoculação. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p<0,05). Os resultados demonstraram que o HI UNEMAT124 apresentou período médio de sobrevivência maior (26.56 dias) em relação à P. edulis (22.54 dias), indicando maior tolerância à doença. O método de raízes lavadas foi mais eficiente na infecção, resultando em menor sobrevivência das plantas inoculadas. Como síntese, os resultados obtidos evidenciam o potencial do HI UNEMAT124 como porta-enxerto promissor para o maracujazeiro, uma vez que alia desempenho agronômico satisfatório, resistência previamente comprovada à podridão do colo e maior tolerância à fusariose, configurando-se como uma alternativa sustentável e tecnicamente viável para o manejo de patógenos de solo e para a manutenção da produtividade em áreas afetadas pela doença.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 130513001 - SABRINA CASSARO
Interno - 326534002 - ANTONIO MARCOS CHIMELLO
Interna - 132048001 - LEONARDA GRILLO NEVES
Externo ao Programa - 672308001 - ANTONIO ANDRE DA SILVA ALENCAR
Externa ao Programa - 301272001 - GILCIANNY PIGNATA CAVALCANTE
Notícia cadastrada em: 18/12/2025 09:53
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