Germinação e regeneração in vitro de castanheira-da-amazônia (Bertholletia excelsa H.B.K)
Germinação; Organogênese; Rizogênese; Membranas Microporosas.
A espécie Bertholletia excelsa, conhecida como castanha-da-amazônia, desempenha um papel essencial na economia e na conservação ambiental da região amazônica. No entanto, sua propagação por sementes é limitada pelo crescimento lento das mudas. O objetivo do trabalho foi investigar a germinação in vitro de sementes de genótipos de B. excelsa no desenvolvimento de policaulia, regeneração a partir de explantes nodais, desenvolvimento vegetativo e enraizamento com o uso de membranas microporosas. Na germinação das sementes o genótipo P-71 obteve percentual de 71,7% de sementes germinadas, sendo 55% e 48,33% para os respectivos genótipos P-65, P-26. Já para o desenvolvimento de policaulia o genótipo Caracaraí VIC-ITÂ P-71 obteve maior produção 55,81%. Explantes nodais retirados de plântulas germinadas in vitro foram cultivados por 60 dias com diferentes concentrações de citocininas BA e TDZ, demonstrando que a concentração de 1,0 mgL-1 de TDZ foi mais eficiente na regeneração de brotações e no comprimento dos brotos, evidenciando organogênese direta. Para a fase de enraizamento, microestacas foram cultivadas com ácido indolbutírico (AIB) em duas concentrações (0,5 e 1,0 mgL-1), utilizando três tipos de vedação (sem membrana, com uma e duas membranas microporosas) para avaliar o efeito sobre o desenvolvimento vegetativo. Os resultados mostraram que o uso de membranas microporosas não favoreceu a rizogênese, mas a vedação sem membrana proporcionou maior número de folhas, sugerindo que sistemas mais restritos às trocas gasosas beneficiam o desenvolvimento foliar. O estudo reforça o potencial da cultura de tecidos como ferramenta para a propagação clonal da castanheira, superando obstáculos, que e representa um avanço nas estratégias de conservação e produção sustentável da espécie.