Banca de DEFESA: GILVANO TEIXEIRA BASTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GILVANO TEIXEIRA BASTOS
DATA : 16/09/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

Memória, Identidade e Território: Dialogando com os saberes Rikbaktsa


PALAVRAS-CHAVES:

Cultura; Memória; Identidade; Ensino de História; ProfHistória.


PÁGINAS: 198
RESUMO:

Esta dissertação, intitulada Memória, Identidade e Território: Dialogando com os saberes Rikbaktsa insere-se na linha de pesquisa Linguagens e Narrativas Históricas: Produção e Difusão do Programa de Mestrado e Doutorado em Ensino de História – Profhistória e no Grupo de Estudo e Pesquisa Fronteiras: História, Educação, Trabalho, Patrimônio e Memória, tem como objetivo compreender as narrativas de memória dos anciãos e professores Rikbaktsa, seus conhecimentos e ancestralidades culturais, conectando-as aos registros já existentes, com o intuito de difundir a história desse povo no ensino de história. A educação passa por transformações estruturais constantemente e tem buscado atender a grupos sociais cada vez mais diversos no Brasil, entre eles, os povos originários. A história no ponto de vista dos povos indígenas, é uma história de conflitos com os invasores europeus e que na contemporaneidade ainda é um grande desafio. Com pesquisa voltada para suas memórias, identidade e relações com o território, reconhecendo seu significado e identidade cultural, o povo Rikbaktsa, também conhecido como “Orelhas de Pau” ou “Canoeiros”, habitam a região Noroeste de Mato Grosso especificamente na bacia do Rio Juruena, com suas terras indígenas nas cidades de Brasnorte (TI Erikpatsa), Cotriguaçu (TI Escondido) com e Juara (TI Japuíra). Os povos indígenas habitam a região há séculos, e muitos foram forçados a mudar de suas terras tradicionais ou foram dizimados pela doença e pela violência enfrentada por invasões, tanto no passado como em períodos recentes. A escolha dos Rikbaktsa se justifica pela riqueza de sua história e pela necessidade de documentar suas memórias, especialmente diante da crescente influência da cultura não indígena e da interferência em suas tradições. A metodologia está ancorada na história oral, com entrevistas, na qual teve o intuito de revisitar e rememorar as memórias e saberes desses anciãos e professores, complementada por pesquisa bibliográfica e documental. A pesquisa destaca a importância de ouvir as vozes indígenas, historicamente silenciadas, e de construção de narrativa que reflita suas experiências e perspectivas, através de autores que discorrem sobre educação, identidade e memórias. O resultado é o material de estudo e um documentário que preservem a memória Rikbaktsa e promovam o diálogo intercultural, com a proposta de valorizar a perspectiva indígena Rikbaktsa sobre a história regional, abordando as narrativas envolvendo o contato com os colonizadores, os impactos da exploração e a resistência Rikbaktsa, destacando a importância dos saberes da terra, da cultura e da língua para a comunidade. Nesta perspectiva, a história pode se tornar mais atraente e interessante para o aprendizado nas escolas, estabelecendo uma relação entre o que já está determinado ou predeterminado pelos livros e saberes disseminados por não indígenas, com a perspectiva e vivências desses povos originários. A obra também reflete o interesse em compreender as relações de poder e as desigualdades sociais, através de um olhar crítico sobre a história e a cultura dos povos indígenas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 247541002 - JAIRO LUIS FLECK FALCAO
Interno - 39231003 - CARLOS EDINEI DE OLIVEIRA
Interna - 34773007 - MARLI AUXILIADORA DE ALMEIDA
Externo à Instituição - VITALE JOANONI NETO - UFMT
Notícia cadastrada em: 08/09/2025 17:24
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