Banca de QUALIFICAÇÃO: FABIO JUNIOR DO ESPIRITO SANTO ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIO JUNIOR DO ESPIRITO SANTO ANDRADE
DATA : 26/03/2025
HORA: 13:00
LOCAL: https://meet.google.com/pow-jghf-tmz
TÍTULO:

USO, OCUPAÇÃO DA TERRA E OS IMPACTOS NA HIDRODINÂMICA DE CANAIS FLUVIAIS INTERMINTENTES: ANÁLISE APLICADA NO CÓRREGO OLHOS D’ÁGUA, CÁCERES - MATO GROSSO


PALAVRAS-CHAVES:

Bacias Hidrográficas Periurbanizadas. Ações diretas e indiretas. Desnaturalização. Canais fluviais intermitentes. Hidrossedimentologia. 


PÁGINAS: 109
RESUMO:

Os canais fluviais, sobretudo em áreas periurbanas, são cada vez mais alterados. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo analisar as mudanças de uso/cobertura da terra e o comportamento hidrodinâmico atual, associados aos períodos de cheia e estiagem do canal fluvial da sub-bacia hidrográfica do córrego Olhos D’Água em Cáceres, Mato Grosso. Foram adotados como procedimentos metodológicos: trabalho de gabinete para levantamento da temática em livros, artigos, teses e dissertações, confecção de mapas (localização e uso da terra); trabalhos de campo mensais durante um ciclo sazonal entre os períodos de chuva e de seca para quantificação das variáveis hidrodinâmicas (largura, profundidade e velocidade) para o cálculo de vazão, coletas de sedimentos (fundo e em suspensão) e de material marginal; monitoramento dos processos erosivos com a técnica de pinos e estacas, aplicação de protocolo de avaliação rápida e tipologia de canais para observação e avaliação das questões físicas, usos e degradação ambiental; análise em laboratório com os métodos de peneiramento e evaporação. Os resultados indicam que a sub-bacia hidrográfica do córrego Olhos D’Água passou por alterações que contribuíram com a sua degradação ambiental. Com a aplicação dos protocolos, pode-se verificar que a vegetação das margens fora retirada para a criação de animais e piscicultura, resíduos sólidos em todos os trechos analisados. A área passa pelo processo de transição do rural para o urbano com a urbanização. A primeira seção localiza-se próximo a nascente, onde o fluxo de água foi desviado para a manutenção de tanques de peixes. Nessa seção, o córrego recebeu obras de engenharia com a construção da Avenida Tancredo Neves o que contribuiu com alterações na calha com o manilhamento e o asfalto. As seções 1, 2 e 4 possuem pontos de estrangulamento devido área de trânsito entre os bairros, as pessoas passam todos os dias nesses locais para diversos fins.  Na seção 3 houve mudanças consideradas realizadas pela prefeitura da cidade. Retilinizaram 1,08 km partindo da seção 2 a 3. A seção 4 está localizada na Avenida Pedro Alexandrino, outro lugar movimentado, pois transitam os residentes dos sítios e chácaras das proximidades. A seção 5 é a mais conservada, pois é área protegida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiental – SEMA. No entanto, pode-se identificar no monitoramento processos erosivos atuantes, e o que está colaborando, é o pisoteio do gado nas margens e no canal. Devido ao regime de chuvas e associados ao tipo de uso da terra, o córrego Olhos D’Água tornou-se intermitente. Nos dados coletados sobre o transporte de sedimentos fundo, todas as seções, a composição predominante é  arenosa. Ressalta-se ainda uma concentração considerada de materiais finos nos pontos de estrangulamento das vias. Nos sedimentos suspensos em todas as seções encontrou uma quantidade considerada em abril de 2024, com valores de 110,00 a 673,33 mg/L com chuvas registradas no mês 0,011 mm, quantidades que podem ser oriundas do escoamento das vertentes e as poças que se formavam em algumas seções, pois a água precipitada não era o suficiente para o escoamento.  As obras de engenharia, com a instalação de manilhas para viabilizar a construção de ruas e avenidas, juntamente com o desvio da água para piscicultura, são as principais intervenções diretas no canal fluvial. A topografia plana, associada ao formato circular da sub-bacia, contribui para alagamentos de ruas, especialmente no Trecho 2. Para minimizar o problema a prefeitura faz dragagens para a passagem da água. Assim, ressalta-se a importância desse estudo para a população de Cáceres, pois a sub-bacia hidrográfica do córrego Olhos D’Água contribui com a dinâmica fluvial do rio Paraguai pela margem esquerda, e as mudanças constatadas compromete diretamente o equilíbrio do sistema fluvial. O poder público municipal, a comunidade, a academia precisam intervir com ações efetivas de recuperação e conservação dessa unidade de análise, que hoje encontra-se impactada pelas ações antrópicas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 393.900.588-64 - GUSTAVO ROBERTO DOS SANTOS LEANDRO - FUFGD
Interno - 67562030 - MARCOS DOS SANTOS
Externo à Instituição - RENATA RIBEIRO DE ARAÚJO - UNESP
Notícia cadastrada em: 10/03/2025 08:04
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