Projeto Político Pedagógico

Dentro desta proposta, o perfil desejado para o educando ao final do curso é: 1) Ter conhecimento técnico e científico para exercer a atividade contábil: - nas organizações micro, pequenas, médias e grandes se optar em trabalhar como empregado; -na qualidade de empresário, se optar pelo seu próprio escritório de Contabilidade; - na condição de autônomo, se optar em se consultor contábil, perito contábil, auditor independente na forma de pessoa física etc. Este conhecimento técnico-científico para desenvolver atividades práticas profissionais priorizará a demanda regional, enfocando também a demanda nacional sem desprezar a demanda do Mercosul e mundial. 2) Ter competência para analisar criticamente as empresas no seu aspecto organizacional decorrente da conjuntura econômica nacional e internacional, das técnicas administrativas e do contexto sócio-legal do país. 3) Pelo fato do profissional contábil ter que se relacionar com todos os departamentos de uma organização, ele deverá estar capacitado para atuar em equipes multidisciplinares. 4) A Contabilidade Brasileira é tremendamente influenciada pela conjuntura econômica, por legislação do país, por normatização dos órgãos de classe, por harmonização internacional de princípios e ensinos contábeis e por economias fortes que impõem padrões contábeis para a Contabilidade Transnacional. Além disso, o progresso tecnológico dos instrumentos usados na Contabilidade está em permanente mutação e evolução. Por estes motivos e outros o graduando deverá estar consciente da necessidade do contínuo aperfeiçoamento profissional e capacitado a interpretar o conteúdo das propostas, dos regulamentos, dos textos legais etc. Para isto, o graduando deverá estar dotado de uma visão crítica, capaz de avaliar o seu potencial de desempenho, de ajustar-se com competência a estas novas demandas geradas. 5) Exercer a profissão com ética e prestar contas da gestão perante a sociedade. O exercício profissional da Contabilidade pressupõe envolvimento com cifras, apuração de resultados, levantamento de modelos decisórios, etc. que afetem diretamente investidores, governo, fornecedores, clientes, funcionários, etc. É fundamental a internalização de valores de responsabilidade social, justiça e ética profissional. 6) Ter Formação Humanística adequada ao exercício profissional habilitando o profissional a uma compreensão do meio em que vive, seja social, político, econômico e cultural. Em linhas gerais se quer formar profissionais dotados de competências e habilidades visando atender principalmente a demanda regional (sem desprezar a demanda nacional e internacional) pelos serviços contábeis, sendo capaz de exercer com ética, justiça e responsabilidade as atribuições e prerrogativas compatíveis à profissão contábil. O Contador que se quer formar, no exercício de sua função deve ter o seguinte perfil de: Profissionais aptos a interagir com as mudanças na conjuntura nacional e internacional que interferem nas instituições, dotados de solidez conceitual que permita, através do trato ágil com as informações e o domínio das ferramentas tecnológicas, diagnosticar e analisar criticamente os fenômenos empresariais e sociais, fornecendo embasamento imprescindível e fundamental ao tomador de decisão, agindo de acordo com princípios éticos, humanísticos, de preservação ambiental e de responsabilidade social, compromissados com a qualidade, correspondendo aos anseios da sociedade. O substantivo habilidades deve ser compreendido no seu sentido mais amplo, que transcende a ideia usual de fazer eficazmente. A pessoa dotada de grande habilidade humana é cônscia das próprias atitudes, opiniões e convicções acerca dos outros e dos grupos. É suficientemente hábil para compreender palavras e atos e comunicar aos outros o próprio modo de pensar e agir. Espera-se que os estudantes desenvolvam as seguintes habilidades de: 1. raciocínio lógico, de observação, de interpretação e análise crítica de dados e informações; 2. aplicação à profissão dos conhecimentos essenciais, para identificação, análise e proposição criativa de solução para problemas diagnosticados; 3. compreensão da necessidade do contínuo aperfeiçoamento; 4. equacionamento de problemas e busca de soluções harmônicas com as exigências sociais; 5. utilização de tecnologias; 6. atuação em equipes multidisciplinares e exercício de liderança; 7. comunicação interpessoal e expressão correta nos documentos técnicos específicos e de interpretação da realidade das organizações; 8. interação face aos diferentes contextos organizacionais e sociais; 9. resolução de situações com flexibilidade e adaptabilidade diante de problemas e desafios organizacionais. A competência profissional traduz-se nos atributos que os bacharéis em ciências contábeis devem possuir a fim de que possam satisfazer àquilo que deles se espera no exercicio profissional.

Como profissional liberal, o Contador pode-se dizer um profissional de múltiplas funções, podendo ser: autônomo, empresário de Contabilidade, Auditor Independente, Auditor Interno, Consultor Tributário, Controller, Auditor Fiscal, Perito Contábil, Membro de Conselho Fiscal de Administração, Árbitro em Câmaras ..

1. utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem das Ciências Contábeis; 2. demonstrar visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil;

3. aplicar adequadamente a legislação inerente às funções contábeis; 4. elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam os modelos organizacionais; Competências Intelectuais: a) capacidade de reconhecer e definir problemas; b) equacionar soluções; c) pensar estrategicamente; d) introduzir modificações no processo de trabalho; e) agir preventivamente; f) orientar de forma genérica os conhecimentos que facilitem o desempenho profissional. Competências Organizacionais: a) capacidade de auto-desenvolvimento; b) estabelecimento de métodos próprios; c) gerenciamento do tempo e espaço de trabalho. Competências Comunicativas: a) expressar-se e comunicar-se com o grupo, inclusive superiores ou subordinados; b) trabalho em equipe, utilizando o diálogo, a negociação e a comunicação interpessoal. Competências Sociais: a) utilização dos conhecimentos obtidos através de pesquisa, meios e recursos diferenciados que envolvam diversas situações de trabalho; b) capacidade de transferir conhecimentos da experiência pessoal para o ambiente de trabalho.

Competências Comportamentais: a) iniciativa, criatividade e vontade de aprender; b) abertura às mudanças; c) consciência da qualidade e das implicações éticas no trabalho. Competências Políticas: a) propiciam aos indivíduos uma reflexão e atuação críticas, sobre a estrutura produtiva, seus direitos e deveres.

O Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, apresenta uma proposta curricular direcionada para a formação técnica e científica na área contábil do futuro Contador. O Projeto Pedagógico do curso de Ciências Contábeis foi construído considerando princípios, tais como: o conhecimento é algo produzido pelo próprio ser, em suas relações e pelo momento em que vive; é necessária a dissociação do ensino, da extensão e a pesquisa; o comprometido com ensino de qualidade, produção de saber sistematizado e trabalho científico, tecnológico, cultural e político, intervêm na sociedade de forma a potencializar sua capacidade criativa e gerar estratégias capazes de encontrar alternativas para a construção de uma sociedade centrada nos postulados da justiça social. Busca-se sair daquele ensinamento estático da contabilidade, aquele que leva a uma negação da educação ampla e continuada, pois, como nos dizia Freire (1997, p. 38) “ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo”, neste sentido a prática é essencial à teoria, assim como a desfragmentação do ato de ensinar esta para a interdisciplinaridade. Duas concretas preocupações do Núcleo Docente que estruturou este projeto. Tenta-se aqui trazer a realidade às salas de aula, se a vida empresarial ainda não faz parte da vida do acadêmico, procura-se o levar a esse mundo, que fez da contabilidade uma ciência, pois, já dizia Koliver (1999, p. 24) que “o verdadeiro fazerdidático é aquele capaz de refletir corretamente cada situação de aprendizagem a partir do exame concreto da realidade na qual o educador-educando estão inseridos”. Um exemplo é a disciplina de Estágio Supervisionado, pois ele leva o acadêmico até o mercado a fim de prepará-lo para atuar no mesmo, porém com esta experiência, ele ao se formar terá mais altivez e estará mais apto a exercer seu ofício. O acadêmico de fato não passará por esta disciplina sem que haja um grandioso aprendizado. Poderia ser dito, e porque não, que ele não passará por ela sem um grandioso amadurecimento. Pois, entende-se que as relações que ele tem nas Entidades Cedentes, o faz com mais atitude, mais profissional, mais preparado para o futuro como Bacharel em Contabilidade. Referindo-se ainda à práxis, o conhecimento é uma atividade teórico-prática e/ou prático-teórica, já que a teoria orienta a ação e a prática estrutura e/ou realimenta a teoria. Desta forma a teoria e a prática é fator condicionante do processo de maturação do conhecimento. Emergindo desta relação o próprio conhecimento científico, que pode ser considerado o aperfeiçoamento do conhecimento comum, podendo gerar diversas informações sobre os fenômenos pesquisados (SHIGUNOV, 2002). Formar Bacharéis em Ciências Contábeis não basta, o papel da Universidade é estar à frente de seu tempo, atuar na previsão dos problemas é o alimento, a energia que move e instiga a Universidade, portanto, o profissional da Contabilidade deve estar comprometido com a investigação científica, estimulada pela ação do docente. A grande preocupação é a de formar contadores que tenham habilidades e conhecimentos. Marion (2001) traz algumas habilidades, como a de comunicação, habilidade intelectual e habilidade no relacionamento com as pessoas. E alguns conhecimentos indispensáveis ao profissional contábil: conhecimentos gerais; conhecimentos de organizações e negócios. Eis o que faz do curso de Ciências Contábeis da Unemat, ser um curso diferenciado, o Estágio Supervisionado Supervisionado, momento em que terá a oportunidade de ultrapassar os limites de uma sala de aula, com um programa específico da área, com a criação de uma empresa fictícia, com um amplo e atualizado conhecimento prático que sugere-se que seja adquirido em seu último período na Universidade, pois assim, ele sairá com sua prática contábil atualizada. Outra forma de integrar a teoria e a prática utilizada na formação dos acadêmicos do curso é através da Empresa Junior, que é uma associação civil, sem fins lucrativos, que dá condições de aplicação do conhecimento adquirido em sala de aula através de casos concretos, ela não tem ligação legal ao curso, porém a Universidade proporciona o ambiente de funcionamento da mesma, ela é acompanhada por docente do curso e dirigida por acadêmicos do curso e de cursos de áreas afins. Percebe-se que no curso de contabilidade teve-se a preocupação em não restringir os estudos contábeis a procedimentos aplicados, pois assim estaria isolando a dinâmica sócio-econômica, a qual ela esta inserida, e da qual sofre influência, manteve-se no curso disciplinas como a Economia I, a Sociologia, a Psicologia Organizacional, bem como criou-se disciplinas como Complementares, como a Contabilidade na microeconomia, Economia II e Organizações empresariais e mudanças climáticas, por exemplo, que estarão trazendo um olhar mais crítico ao profissional contador. A interdisciplinaridade A interdisciplinaridade tem atenção especial, pois tão necessária como em qualquer outra área de conhecimento é a interdisciplinaridade em Ciências Contábeis. Com ela abre-se uma grande perspectiva para o pensar interdisciplinar quando, na Matriz Curricular as disciplinas alocadas permitem a realização de atividades de caráter interdisciplinar, devendo os professores provocar tal encontro. Ao reelaborar ementas para o projeto com um grande debate sobre o que deveria estar inserido em cada uma delas. Quais os conteúdos que seriam necessários ao profissional contador? Qual a relação que a disciplina tem com o mercado o qual o futuro contador estará inserido? Qual a realidade que a disciplina trará àquele aluno? Qual a disciplina que dará sequencia aquele assunto? Qual, ou quais disciplinas poderão trabalhar juntas, uma contribuindo com a outra? Assim por diante. Sempre propiciando o surgimento do espaço interdisciplinar, onde através de temas desenvolvidos previamente, chama-se a comunidade acadêmica, motivada por seus docentes, para apresentação de trabalhos envolvendo todas as disciplinas, criando espaço para pesquisas e debates. Algo perfeitamente possível no âmbito da ciência contábil, que possui diversas áreas e com a criação das eletivas no curso será dado aos acadêmicos a oportunidade de se aperfeiçoarem em uma dada área ou assunto, indo de encontro as inúmeras possibilidades de atuação. 

Quando as disciplinas no semestre não favorecem este inter-relacionamento devese trabalhar com temas geradores através das atividades complementares, com a realização de jornadas, simpósios, seminários, ciclos de palestras, etc. Assim, confirmase a associação do ensino com oque se apresenta na realidade e demonstra-se a preocupação dos docentes de fazer cumprir os conteúdos, mantendo a relação com o real de onde se originaram, unindo-se, assim, cada vez mais, a teoria a prática, com diversas disciplinas unidas

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O Processo educativo proposto pela Universidade do Estado de Mato Grosso pautado na produção científica do conhecimento rumo a construção de profissionais dotados de senso analítico crítico, requer um constante repensar da prática educativa, planejamento e também um momento para o feedback a fim de avaliar o nível de aprendizado do acadêmico e neste processo está a avaliação voltada a contribuir para a consecução dos fins da prática educativa. Nesse contexto deparamos com a tradicional prova, quer seja de caráter objetivo ou subjetivo, seminários, auto-avaliação são momentos presentes no processo de avaliação, a fim de proporcionar o desenvolvimento da capacidade reflexiva para manipulação dos elementos teóricos e técnicos necessários a produção do conhecimento. Ao longo das disciplinas, a sistemática de avaliação abrangerá os tipos de avaliação diagnóstica, formativa e somativa. Constará de verificações periódicas (provas) com ou sem data marcada, abrangendo sempre todo o conteúdo ministrado até a data de verificação de conhecimento, constará também de trabalhos práticos da disciplina envolvendo não só trabalhos em grupo, como também trabalhos individuais, quer sejam internos (na sala de aula) ou externos. A avaliação somativa encerrará o período da disciplina e terá o caráter classificatório em termos de nota, possibilitando ou não ao aluno à continuidade do curso. Constará de prova escrita, com atribuição de notas, podendo haver ou não, trabalhos sobre determinadas unidades, onde será dada ênfase ao processo dialético de estudo; possibilitará o uso da criatividade do aluno e, estabelecer a visão crítica do aluno em relação às situações vivenciadas e observadas. Aos trabalhos também serão atribuídas notas de caráter classificatório, que somado a prova, avaliarão de maneira ainda que estanques, a real condição de aproveitamento do aluno ao longo do curso. Pretende-se possibilitar a relação professor/acadêmico à obtenção de indicadores para revisão durante o processo de aprendizagem. A avaliação, para tanto, constituir-se-á em: Provas escritas; Trabalhos em pequenos grupos ou individuais; Avaliação metodológica oral de seminários ou debates; Observação contínua de aplicação de pesquisas de campo; Avaliação constante da participação do aluno, durante as aulas; Avaliação dos trabalhos extra-classe; Exame final. Para avaliação da Universidade como um todo, esta conta com Metodologia própria, sendo realizada através da CPA - Comissão Própria de Avaliação, que tem como objetivo a constante avaliação da Universidade

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